Notícia

Laboratório do IPT desenvolve projeto de gaseificação de biomassa com o Instituto Tecnológico de Karlsruhe, da Alemanha

Um dos principais desafios técnicos do projeto é a deposição excessiva de carbono no reator de reforma térmica

DIvulgação, IPT

Fonte

IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Data

quarta-feira, 31 maio 2023 06:15

Áreas

Biomassa. Biotecnologia. Economia. Energia. Engenharia Ambiental. Gestão de Resíduos. Inovação. Negócios. Química Verde. Tecnologias.

Desenvolver um processo de produção de hidrogênio verde por meio da gaseificação de biomassa e da reforma térmica dos gases é o objetivo de um projeto que está em execução desde o mês de janeiro pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em parceria com os alemães do Instituto Tecnológico de Karlsruhe (KIT). “A parceria entre o IPT e o KIT está focada em uma pesquisa colaborativa dentro da cadeia do H2V, bem como promover o intercâmbio e a capacitação de pesquisadores de ambas as instituições”, explicou Ademar Hakuo Ushima, pesquisador do IPT.

O projeto de Pesquisa & Desenvolvimento coordenado pelo Laboratório de Bioenergia e Eficiência Energética do IPT tem a duração prevista de 12 meses e, segundo Ademar Ushima, combinam-se dentro do seu escopo dois tópicos: o primeiro é a geração de hidrogênio via gaseificação de bagaço de cana-de-açúcar e reforma térmica do gás; e o segundo tópico é o armazenamento de hidrogênio via hidrogenação catalítica de bio-óleo (hidrodesoxigenação) gerado a partir da pirólise rápida de bagaço de cana. “Nesse sentido, o projeto combina as tecnologias de gaseificação, reforma térmica do gás de síntese, pirólise rápida e melhoramento do bio-óleo”, completou o pesquisador.

O objetivo do projeto atende às diretivas do programa denominado ‘Cooperação Alemã-Brasileira em Pesquisa no Setor de Energia – NoPa 2.0’ para as áreas temáticas Hidrogênio Verde/PtX, Eletrificação Direta e Armazenamento de Energia, com fundos da Sociedade Alemã para Cooperação Internacional (GIZ) GmbH, em nome do Ministério Federal de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (BMZ), como parte da iniciativa ‘DKTI Parceria de Tecnologia entre Brasil e Alemanha’. O projeto foi contemplado via edital da organização de fomento DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst, ou Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico, em português).

“Existem critérios de longo e curto prazo dentro do programa que o projeto de pesquisa estima alcançar, e cujos impactos e efeitos contribuam para o desenvolvimento de uma rede internacional e aquisição de experiência no campo da cooperação internacional”, explicou Ademar Ushima. O Dr. Klaus Raffelt, pesquisador do Instituto de Pesquisa e Tecnologia da Catálise (IKFT) do KIT é o responsável por comandar as atividades relacionadas ao instituto alemão; no Brasil, Ademar Ushima é o coordenador das atividades da equipe do IPT.

Um dos principais desafios técnicos do projeto é a deposição excessiva de carbono no reator de reforma térmica, principalmente quando é utilizado o gás de síntese ‘bruto’, que tem teores elevados de alcatrão e vapor de água. Essa deposição pode bloquear o reator de reforma térmica, interrompendo a reforma. “O alcatrão tem um teor elevado de carbono que, na reforma térmica, poderá reagir com o vapor d’água e o dióxido de carbono presente no gás de síntese ‘bruto’, gerando o gás hidrogênio e o monóxido de carbono, ou se depositar nas paredes do reator na forma de carbono que, dependendo da intensidade, pode até bloquear a passagem dos gases. É um dos pontos de investigação do projeto”, explicou o pesquisador do IPT.

Acesse a notícia completa na página do Instituto de Pesquisa Tecnológicas.

Fonte: IPT. Imagem: etapa de preparação do bagaço de cana-de-açúcar: moagem da porção retida no peneiramento no laboratório do IPT. Fonte: Divulgação, IPT.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2025 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account