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IPT amplia capacitação para avaliar comportamento de escoamento de misturas em processos industriais
Pixabay
Indústrias petrolífera, nuclear e de mineração são três exemplos de segmentos que podem se beneficiar da nova capacitação do Laboratório de Vazão do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em ensaios do comportamento de escoamentos bifásicos que, quando incrementados, contribuem na diminuição das perdas de energia durante processos produtivos envolvendo misturas de mesmo fluido escoando em diferentes fases (água no estado líquido e como vapor d’água, por exemplo), ou misturas imiscíveis de distintos fluidos ou partículas, como óleo/gás, óleo/água ou sólido/água.
Os novos ensaios estão dentro do escopo do projeto de mestrado de Felipe Jaloretto da Silva, pesquisador do laboratório do IPT, que se propõe a estudar o comportamento deste tipo de escoamento em tubulação horizontal (especificamente, a mistura de ar e água) em quatro diâmetros diferentes e entender as diferenças de comportamento a partir das variações dimensionais.
Em extração do petróleo, afirma Jaloretto, este tipo de escoamento é comum e pode envolver tanto a mistura de dois (gás e óleo) quanto de três fluidos (gás, óleo e água). O interesse em conhecer a dinâmica do escoamento bifásico tem aumentado no cenário mundial e também no brasileiro (aqui, principalmente para a exploração do pré-sal) devido aos gastos energéticos envolvidos no transporte de petróleo. As misturas são levadas geralmente em dutos ao longo de grandes distâncias, especialmente na exploração offshore, e procura-se minimizar as perdas e otimizar a produção dos poços.
Outro segmento industrial em que este tipo de fenômeno está presente é o nuclear, no qual escoamentos de fluidos – comumente água nas fases líquida e gasosa – ocorrem nos trocadores de calor. “O escoamento bifásico nas usinas pode ser observado na geração do vapor que movimenta as turbinas que acionam o gerador. O fluido de resfriamento entra no trocador de calor no estado líquido e, à medida que recebe calor, passa ao estado gasoso”, afirma o pesquisador. “Ou seja, boa parte do processo de troca de calor inclui o escoamento em duas fases diferentes”.
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