Notícia
Guia elaborado pelo IPT fornece diretrizes gerais para o desenvolvimento de projetos de habitações com utilização racional de energia
Ludo-Photos via Pixabay
Fonte
IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo
Data
segunda-feira, 20 dezembro 2021 13:50
Áreas
Construção Civil. Energia. Engenharia Civil. Sustentabilidade.
A eficiência energética em habitações sociais está diretamente relacionada à redução dos custos de morar, na medida em que pode diminuir gastos com a conta de energia, principalmente em períodos de aumento das tarifas. Para fornecer subsídios aos profissionais da construção civil, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) elaborou um guia que fornece diretrizes gerais para o desenvolvimento de projetos de habitações sustentáveis que contribuam para baixar o consumo de energia e as despesas mensais, sendo útil também para arquitetos iniciarem seus estudos no tema de eficiência energética de habitações.
O manual de 53 páginas, dividido em oito capítulos com temas como Adequação Climática, Conceitos Gerais e Diretrizes do Projeto, reúne diversas iniciativas que permitiram não somente fortalecer as ações voltadas à melhoria da eficiência energética na habitação social brasileira, mas também lembra que o uso racional de energia está ligado à sustentabilidade ambiental: as edificações residenciais estão entre os maiores consumidores de energia e, globalmente, os edifícios consomem da ordem de 35% da energia disponível e correspondem a 38% das emissões de CO2 relacionadas à energia, segundo dados de 2020 do UNEP – o Programa Ambiental das Nações Unidas.
A redução do consumo de energia, principalmente na fase de construção das edificações, contribui para a diminuição das emissões dos gases de efeito estufa e para a mitigação das mudanças climáticas. Além disso, a utilização racional da energia auxilia na melhoria da qualidade da moradia, por meio da incorporação de estratégias de projeto e medidas passivas que contribuem para o conforto ambiental.
Climatização de Ambientes
“É possível desenvolver edificações com menor consumo de energia, de recursos naturais e financeiros a partir de decisões de projeto. Há estudos que evidenciam essa questão, envolvendo o uso de técnicas passivas de climatização de ambientes”, afirmou a pesquisadora Dra. Adriana Camargo de Brito, uma das autoras do guia ao lado de Andre Azevedo, Fernanda Belizário Silva, Dra. Maria Akutsu e Dr. Daniel Setrak Sowmy.
As técnicas passivas são soluções de projeto que propiciam o aquecimento ou o resfriamento de ambientes sem o consumo de energia elétrica. Edifícios com essas técnicas são concebidos de tal modo que sua geometria, materiais e condições de exposição ao clima aproveitam recursos como a inércia térmica da edificação, a ventilação natural e a energia solar para obter ambientes com melhor conforto térmico para as pessoas.
“O comportamento térmico de uma habitação sem sistemas de climatização depende majoritariamente das trocas de calor que ocorrem entre sua envoltória (fachadas, cobertura e pisos) e o ambiente exterior. Como esse tipo de edificação tem fontes internas de calor pouco significativas, é possível remover, parcial ou totalmente, o calor dissipado internamente por pessoas e equipamentos por meio de ventilação natural seletiva, bem como amortecer os fluxos de calor valendo-se dos efeitos da inércia térmica dos ambientes”, destacou a Dra. Adriana.
Habitações têm maior potencial de uso de técnicas passivas de climatização para proporcionar conforto térmico em comparação com edificações de outros usos, como escritórios, que possuem fontes internas de calor mais significativas, sejam equipamentos ou pessoas.
Projeto em parceria
A publicação é uma das ações do projeto de cooperação técnica ‘Eficiência Energética no Desenvolvimento Urbano Sustentável, Foco: Habitação Social (EEDUS)’, que tem como objetivo melhorar a eficiência energética em unidades habitacionais de interesse social no Brasil, principalmente em programas governamentais de apoio à casa própria. O EEDUS tem como objetivo o aumento da eficiência energética na produção habitacional federal, com foco nas modalidades destinadas ao atendimento de famílias de baixa renda e em situação de vulnerabilidade.
A iniciativa é desenvolvida pela Secretaria Nacional de Habitação (SNH) do Ministério do Desenvolvimento Regional em parceria com o Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento (BMZ) da Alemanha, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.
Acesse a notícia completa e o ‘Guia de Boas Práticas de Eficiencia de Habitacoes’ na página do IPT.
Fonte: IPT. Imagem: Ludo-Photos via Pixabay.
Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.
Por favor, faça Login para comentar