Notícia
Gestão dos resíduos sólidos é chave para desenvolvimento sustentável da América Latina
A afirmação é da representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Katyna Argueta, durante a abertura da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL), que discute a conexão entre gestão dos resíduos sólidos e a ação climática
Antranias via Pixabay
Fonte
Nações Unidas Brasil
Data
sexta-feira, 18 março 2022 10:55
Áreas
Cidades. Economia Solidária. Educação Ambiental. Gestão de Resíduos. Mudanças Climáticas. Políticas Públicas. Saneamento. Sustentabilidade.
Uma melhor gestão dos resíduos sólidos impulsionaria o desenvolvimento sustentável da América Latina, contribuindo para a ação climática. Para isso, é necessário não apenas aperfeiçoar os processos de coleta e reciclagem, mas também repensar a produção e o consumo e impulsionar a economia circular.
A afirmação é da representante-residente do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Katyna Argueta, durante a abertura da 1ª Conferência Internacional de Resíduos Sólidos (CIRSOL), que discute, no Recife (PE), a conexão entre gestão dos resíduos sólidos e a ação climática.
“Hoje, 30 anos depois da primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco 92, estamos reunidos aqui no Recife para discutir uma temática altamente relevante para nosso futuro comum: a gestão dos resíduos sólidos”, disse Katyna Argueta.
“Um terço de todos os resíduos urbanos produzidos na América Latina e no Caribe ainda acaba em aterros a céu aberto ou no meio ambiente. Uma prática que afeta a saúde de seus habitantes. A disposição final de resíduos de forma não controlada gera riscos”, destacou a especialista.
Os resíduos sólidos são fontes de emissão de gases de efeito estufa, não apenas por sua relação com a produção e o consumo, mas também em função das emissões de metano, quando dispostos em lixões ou mesmo em aterros sanitários.
A América Latina gera, em média, 1 kg de resíduos sólidos por habitante ao dia, abaixo dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mas acima dos países africanos. Brasil e México são os que mais produzem resíduos na região.
Para a representante do PNUD, a gestão dos resíduos sólidos é um dos principais desafios para o desenvolvimento sustentável latino-americano. “Precisamos de iniciativas estratégicas e políticas que fomentem a economia circular de forma a enfrentar os dois lados da moeda. Os debates que acontecerão nesta conferência são a oportunidade para inovar e elaborar propostas que mostrem ao mundo que a conciliação das preocupações sociais, econômicas e ambientais é perfeitamente possível”, declarou Katyna Argueta.
Em acordo com seu mandato, o PNUD apoia governos na formulação de políticas e regulamentos sobre resíduos sólidos, no fortalecimento de mecanismos de transparência e responsabilidade, na busca por inovação tecnológica, na conscientização dos atores nacionais e internacionais sobre o tema.
Para a presidente do Instituto de Cooperação Internacional para o Meio Ambiente (ICIMA), Ana Paula Rodrigues, a conferência pretende “mover o mundo na direção correta: em defesa do planeta, do país, do meio ambiente e da sustentabilidade”.
O evento de abertura da CIRSOL contou ainda com a presença de reitores de universidades; líderes do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis; o cônsul geral da Alemanha em Recife; o chefe da missão da Suécia no Brasil e representante da União Europeia, Andres Wollter, entre outros participantes.
Acesse a notícia completa na página das Nações Unidas Brasil.
Fonte: Luciano Milhomem, PNUD, Nações Unidas Brasil. Imagem: Antranias via Pixabay.
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