Notícia

Genes resistentes a antibióticos estão em todos os ecossistemas da Terra

Estudo de pesquisadores da UFMG e de universidades dos EUA e da Índia indica risco de emergência das chamadas ‘superbactérias’

Júlia Duarte, UFMG

Fonte

UFMG | Universidade Federal de Minas Gerais

Data

quinta-feira, 20 setembro 2018 09:00

Áreas

Pesquisa, Saúde, Sociedade.

Acriflavina, fluoroquinolona e meticilina são antibióticos usados no tratamento de infecções bacterianas que acometem, por exemplo, os aparelhos respiratório e urinário. Uma grande concentração de genes que geram resistência à ação desses fármacos foi detectada em estudo metagenômico, iniciado em manguezais da Índia, Arábia Saudita e do Brasil e expandido, posteriormente, para outros ecossistemas do mundo. O achado, que contou com a contribuição de professores do ICB, suscita o risco da emergência de “superbactérias” – imunes à ação dos antibióticos –, o que pode ocorrer caso o material genético detectado seja transferido para bactérias patogênicas.

A população de micro-organismos identificada nos manguezais das três regiões foi mapeada geneticamente e comparada com amostras de ambientes diversos, entre terrestres e marinhos. Tema de matéria publicada na edição 2.032 do Boletim UFMG, o estudo demonstrou que, em todos os ecossistemas analisados, há prevalência de genes de resistência a antibióticos e a metais pesados como cobalto, zinco e cádmio. Bactérias resistentes a esses materiais geralmente têm mecanismos de destoxificação mais eficientes, o que pode tornar viável a clonagem de seus genes para a produção de instrumentos destinados à mitigação da poluição ambiental.

“Isso pode ser explicado porque os ambientes da Terra se interligam, especialmente, por meio dos ciclos da água no oceano. Em ambientes terrestres, embora com menos facilidade, também ocorre transferência de material genético”, afirma o professor Dr. Aristóteles Góes-Neto, do Departamento de Microbiologia do ICB, um dos autores do estudo.

Acesse a notícia completa no site da UFGM.

Fonte: Matheus Espíndola, UFMG. Imagem: Júlia Duarte, UFMG.

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