Notícia
Estudo inédito mostra que as estradas podem afetar a conservação do tamanduá-bandeira em cerca de 30%
Os pesquisadores esperam que outros trabalhos sejam realizados nas áreas mais críticas, a fim de sensibilizar os agentes ambientais
Pixabay
Fonte
Portal UFLA | Universidade Federal de Lavras
Data
sexta-feira, 23 novembro 2018 15:45
Áreas
Biodiversidade, Sustentabilidade.
Um estudo inédito sobre os efeitos das estradas brasileiras na ameaçada espécie tamanduá-bandeira, realizado pelo biólogo Fernando Pinto, doutorando em Ecologia Aplicada na Universidade Federal de Lavras (UFLA), foi publicado na revista científica internacional Biological Conservation, reconhecida mundialmente como umas das mais influentes na área de Biologia da Conservação. O doutorando explica que o estudo permitiu identificar e quantificar áreas inadequadas para a ocorrência do tamanduá-bandeira. “Variaram entre 32 e 36% da sua área de distribuição no Brasil”, comenta Fernando.
A co-autora da pesquisa, professora Clara Grilo, colaboradora do Departamento de Biologia da UFLA, esclarece que para compreender o impacto das estradas brasileiras na conservação do tamanduá foi aplicado um modelo demográfico populacional que avaliou e selecionou potenciais áreas críticas. Por meio desse estudo, os pesquisadores esperam que outros trabalhos sejam realizados nas áreas mais críticas, a fim de sensibilizar os agentes ambientais “para a tomada de decisões referente a construção e expansão da malha viária brasileira”, comenta Clara.
Tamanduá-bandeira
Também conhecido no Brasil como tamanduá-açu, tamanduá-cavalo ou papa-formigas-gigante é um mamífero terrestre de grande porte com características corporais facilmente reconhecíveis como o focinho alongado e um padrão marcante de pelagem. Apesar de sua ampla distribuição geográfica que abrange as Américas Central e do Sul, a espécie é atualmente classificada como “vulnerável” de extinção e possivelmente extinta nos limites norte e sul de sua distribuição. Dentre as principais ameaças ao tamanduá-bandeira estão a perda e modificação de seu habitat, a caça predatória, incêndios florestais e a mortalidade devido a colisão com veículos.
Fonte: Camila Caetano, UFLA. Imagem: pixabay.
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