Notícia
Estudo avalia riscos de derramamento de óleo na Amazônia Azul
Um dos objetivos do estudo é criar estruturas para responder a ocorrências de derramamento de óleo, como aconteceu em 2019 e atingiu diversos municípios da região Nordeste, e servir como uma ferramenta analítica útil para emergências
Divulgação
Fonte
UFRN | Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Data
sexta-feira, 23 abril 2021 06:15
Áreas
Engenharia Ambiental. Monitoramento Ambiental. Oceanografia.
O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) financiou uma pesquisa para identificar, caracterizar e analisar os riscos e potenciais da atividade econômica no espaço marítimo e na porção litorânea do Brasil, a chamada Amazônia Azul. Produzido por uma equipe de pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o estudo visa aperfeiçoar as políticas públicas voltadas para esses locais, a partir da realidade do estado do Rio Grande do Norte.
Um dos objetivos do estudo é criar estruturas para responder a ocorrências de derramamento de óleo, como aconteceu em 2019 e atingiu diversos municípios da região Nordeste, e servir como uma ferramenta analítica útil para emergências.
Na pesquisa, foi feito um diagnóstico do risco de derramamento de óleo em atividades econômicas. O objetivo foi estabelecer uma série de parâmetros físico-químico do óleo e seus efeitos na água do mar, o que permitiu o desenvolvimento de um modelo matemático capaz de prever a contaminação de elementos químicos presentes no petróleo em caso de derramamento no mar e a toxicidade desses compostos.
Os pesquisadores lembram que: “Acidentes provocados por derramamentos de petróleo provocam impactos em diversas atividades econômicas nas orlas dos municípios costeiros”.
Segundo o Dr. Aldo Dantas, professor do Departamento de Geografia da UFRN e que atuou como coordenador geral do projeto, uma proposta para minimizar o risco é a elaboração de políticas regionais em áreas turísticas, como as do Nordeste, por meio de um Plano de Emergência Regional que contemple respostas pré-definidas para que seja possível atuar, de forma célere, em casos como o ocorrido em 2019.
“Essa estrutura deverá ser capaz de remediar as áreas atingidas pelo vazamento e permitir uma atuação concomitante com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) nas ações de mitigação e compensação dos impactos ambientais e econômicos”, observou o professor.
Orientações para a criação de Plano de Emergência podem ser encontradas no próprio estudo. Nele, há uma sugestão de ações voltadas a áreas turísticas, já com base nos modelos estabelecidos pela pesquisa. “Esses modelos servirão para estruturar uma carta de sensibilidade ambiental e econômica, na qual serão classificadas as áreas de maior vulnerabilidade, possibilitando estabelecer as bases para as estruturas de respostas aos acidentes e ações de mitigação”, explicou o professor Aldo Dantas.
Participam do estudo, além do coordenador do projeto, os seguintes pesquisadores: Dr. Edvaldo Vasconcelos de Carvalho Filho (coordenador da pesquisa), Dr. Raoni Batista dos Anjos, Dra. Wanessa Paulino Neves Silva, Alexsandra Rodrigues da Silva, e o Dr. Guilherme Fulgêncio de Medeiros, todos da UFRN, e o Dr. Sergio Ricardo da Silveira Barros, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Repercussão internacional
O estudo apoiado pelo MDR teve repercussão internacional, tendo sido publicado na décima edição da revista científica Research, Society and Development e na edição de março de 2021 da revista científica Environmental Technology.
Acesse o resumo do artigo científico publicado na revista Research, Society and Development (em inglês).
Acesse o resumo do artigo científico publicado na revista Environmental Technology (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFRN.
Fonte: MDR/GOV e Agecom/UFRN. Imagem: Divulgação.
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