Notícia
Esforço internacional mapeia comportamento da onça-pintada em cinco biomas
Pesquisa, que reuniu 18 instituições, foi feita numa área que corresponde a 30% da distribuição geográfica da espécie, entre a América Central e o sul da América do Sul
Instituto Mamirauá, divulgação
Fonte
MCTIC | Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações
Data
segunda-feira, 3 dezembro 2018 15:00
Áreas
Biodiversidade, Ciência Ambiental, Conservação, Gestão Ambiental, Sensoriamento Remoto.
Do semiárido da Caatinga às florestas alagáveis da Amazônia, a onça-pintada é espécie indicadora da “saúde” da biodiversidade de uma região. Por ocuparem o topo da cadeia alimentar, se as onças estão bem, é provável que todo o ecossistema que as alimenta também esteja. Esta é uma das conclusões de um estudo que reuniu 29 pesquisadores de 18 instituições, incluindo o Instituto Mamirauá, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Juntos, eles analisaram dados de telemetria (técnica que determina o posicionamento dos animais ao longo do tempo a partir de rastreadores via GPS) de 20 machos e 20 fêmeas para traçar um panorama do comportamento da onça-pintada em cinco biomas diferentes da América do Sul: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Amazônia e Pantanal. O resultado do estudo foi publicado na revista “El Sevier – Biological Conservation.
“A onça é uma espécie ‘guarda-chuva’. Por precisar de áreas amplas e ser carismática, a conservação dela permite a conservação de outras espécies também. Se você preservar uma área apenas preocupado com a onça-pintada, você estará preservando várias outras espécies daquela região”, afirma o pesquisador Dr. Emiliano Ramalho, que é diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá.
A pesquisa foi feita numa área que corresponde a 30% da distribuição geográfica da espécie, que vai da América Central ao sul da América do Sul. No total, foram avaliados animais em oito ambientes diferentes de cinco biomas sul-americanos: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (Amazônia); o Parque Nacional da Serra da Capivara (Caatinga); áreas privadas no Cerrado brasileiro; os parques nacionais do Iguaçú, no Brasil, e Iguazú, na Argentina (Mata Atlântica); o Parque Estadual de Ivinhema (Mata Atlântica); o Parque Nacional do Morro do Diabo (Mata Atlântica); a Estação Ecológica Taiama (Pantanal); e a Fazenda Caiman (Pantanal).
De 1998 a 2015, foram registrados 87.376 posicionamentos individuais, através dos rastreadores, entre as 40 onças. “Conseguimos, pela primeira vez, juntar dados e fazer uma análise de uso de espaço e dos recursos naturais por essa espécie”, explica o Dr. Ramalho.
O perfil da onça-pintada
Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que as onças tendem a evitar locais sem florestas onde elas cobrem mais de 58,4% da área. Além disso, as onças analisadas mostraram interesse por regiões próximas a cursos de água (como rios, lagos e igarapés), ainda que a distribuição dos animais também inclua lugares extremamente áridos. Isso sugere que esses felinos mudam seu comportamento de acordo com o tipo de ambiente, podendo aumentar a extensão de sua movimentação, a área de repouso, a atividade noturna e o uso de vales e cavernas para amenizar a temperatura e evitar a perda de água.
Acesse a notícia completa no portal do MCTIC.
Fonte: Ascom, MCTIC. Imagem: Instituto Mamirauá, divulgação.
Do semiárido da Caatinga às florestas alagáveis da Amazônia, a onça-pintada é espécie indicadora da “saúde” da biodiversidade de uma região. Por ocuparem o topo da cadeia alimentar, se as onças estão bem, é provável que todo o ecossistema que as alimenta também esteja. Esta é uma das conclusões de um estudo que reuniu 29 pesquisadores de 18 instituições, incluindo o Instituto Mamirauá, ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.
Juntos, eles analisaram dados de telemetria (técnica que determina o posicionamento dos animais ao longo do tempo a partir de rastreadores via GPS) de 20 machos e 20 fêmeas para traçar um panorama do comportamento da onça-pintada em cinco biomas diferentes da América do Sul: Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Amazônia e Pantanal. O resultado do estudo foi publicado na revista “El Sevier – Biological Conservation.
“A onça é uma espécie ‘guarda-chuva’. Por precisar de áreas amplas e ser carismática, a conservação dela permite a conservação de outras espécies também. Se você preservar uma área apenas preocupado com a onça-pintada, você estará preservando várias outras espécies daquela região”, afirma o pesquisador Dr. Emiliano Ramalho, que é diretor técnico-científico do Instituto Mamirauá.
A pesquisa foi feita numa área que corresponde a 30% da distribuição geográfica da espécie, que vai da América Central ao sul da América do Sul. No total, foram avaliados animais em oito ambientes diferentes de cinco biomas sul-americanos: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (Amazônia); o Parque Nacional da Serra da Capivara (Caatinga); áreas privadas no Cerrado brasileiro; os parques nacionais do Iguaçú, no Brasil, e Iguazú, na Argentina (Mata Atlântica); o Parque Estadual de Ivinhema (Mata Atlântica); o Parque Nacional do Morro do Diabo (Mata Atlântica); a Estação Ecológica Taiama (Pantanal); e a Fazenda Caiman (Pantanal).
De 1998 a 2015, foram registrados 87.376 posicionamentos individuais, através dos rastreadores, entre as 40 onças. “Conseguimos, pela primeira vez, juntar dados e fazer uma análise de uso de espaço e dos recursos naturais por essa espécie”, explica o Dr. Ramalho.
O perfil da onça-pintada
Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que as onças tendem a evitar locais sem florestas onde elas cobrem mais de 58,4% da área. Além disso, as onças analisadas mostraram interesse por regiões próximas a cursos de água (como rios, lagos e igarapés), ainda que a distribuição dos animais também inclua lugares extremamente áridos. Isso sugere que esses felinos mudam seu comportamento de acordo com o tipo de ambiente, podendo aumentar a extensão de sua movimentação, a área de repouso, a atividade noturna e o uso de vales e cavernas para amenizar a temperatura e evitar a perda de água.
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Fonte: Ascom, MCTIC. Imagem: Instituto Mamirauá, divulgação.
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