Notícia
Embalagens inteligentes reduzem custos para a indústria
Empresa já patenteou embalagem de madeira sem pregos ou parafusos, montada por encaixe
FAPESP, Divulgação.
Fonte
FAPESP
Data
terça-feira, 31 julho 2018 14:35
Áreas
Gestão Ambiental, Gestão de Resíduos, Sustentabilidade Tecnologias.
As embalagens utilizadas no tráfego de insumos dentro de uma cadeia produtiva não são, em geral, reutilizadas. Essa prática impacta custos, já que gera um volume considerável de resíduos a ser descartado, e vai na contramão de iniciativas comprometidas com a sustentabilidade. Foi exatamente aí, nesse hiato de racionalidade da atividade produtiva, que a Reciclapac enxergou uma oportunidade de negócio.
A empresa foi criada em 2013 com o objetivo de oferecer às indústrias uma alternativa de reúso de embalagens. Abrigada no Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), e com apoio do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), a Reciclapac testou a viabilidade técnica da ideia e desenvolveu uma metodologia de reutilização de embalagens de madeira e papelão em alta escala.
A proposta de reutilização de embalagens, implementada na Fase 2 do PIPE, envolvia a abertura cuidadosa das embalagens – “o pé de cabra foi substituído pela desparafusadeira” – e o convencimento dos trabalhadores envolvidos na mudança de fluxo da reciclagem para um plano de reaproveitamento das caixas de madeira. “Chegamos a patentear uma embalagem de madeira sem pregos, sem parafusos, montada por encaixe, como se fosse um Lego”, ele conta. “Em um ano de utilização dessa técnica conhecida como upcycling, a MWM economizou R$ 1 milhão e reduziu os resíduos em 70%.”
Embalagens retornáveis
Além de embalagens potencialmente reutilizáveis, o setor automotivo utiliza também embalagens retornáveis no fluxo de produtos que transitam entre centenas de fornecedores e a montadora. “Trata-se de um ativo caro”, sublinha Machado. Uma grande montadora, por exemplo, com centenas de fornecedores, precisa gerir milhares de caixa em trânsito de mão dupla. “E o risco de extravio e de interrupção de linha de produção é grande”, ele diz.
Embalagem inteligente
Em março deste ano, a Reciclapac teve aprovado mais um projeto PIPE Fase 2, de desenvolvimento de embalagens inteligentes. “O nosso objetivo é utilizar conceitos da indústria 4.0 para fazer com que os racks se comuniquem com os integrantes da cadeia produtiva, dando visibilidade em tempo real da localização e fluxo de embalagens e produtos”, explica. O projeto encerra no início de 2020. “Nos primeiros PIPEs, o foco era a logística. Agora, o foco será a manufatura, a embalagem conversando com o robô.”
Em cinco anos, desde a sua criação, a empresa cresceu. “Dobramos o número de funcionários: éramos quatro; agora somos oito”, diz Machado. E, neste ano, a Reciclapac começou a gerar receita. “Em 2017, o faturamento foi de R$ 20 mil. Nos seis primeiros meses de 2018, já faturamos R$ 500 mil. Se tudo der certo, fecharemos o ano ultrapassando a casa do R$ 1 milhão”, prevê Machado.
Acesse a notícia completa no site da FAPESP.
Fonte: Claudia Izique, FAPESP – Pesquisa para Inovação. Imagem: Divulgação, FAPESP.
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