Notícia

É lançado primeiro banco de dados da vegetação global

O banco de dados contém mais de 1,1 milhão de listas de vegetação de todos os continentes, coletadas nas últimas décadas por centenas de pesquisadores de todo o mundo

Pixabay

Fonte

Universidade de Adelaide

Data

terça-feira, 20 novembro 2018 11:10

Áreas

Biodiversidade, Clima, Conservação, Gestão Ambiental, Mudanças Climáticas.

Quais espécies de plantas crescem, onde, e por quê? Uma equipe de pesquisa internacional, inclusive da Universidade de Adelaide, produziu o primeiro banco de dados de vegetação global do mundo que contém mais de 1,1 milhão de listas completas de espécies de plantas para todos os ecossistemas terrestres.

Publicado na revista científica Nature Ecology & Evolution, os pesquisadores dizem que o banco de dados poderia ajudar a prever melhor as consequências da mudança climática global.

A pesquisa foi conduzida pela Universidade Luterana de Halle-Wittenberg (MLU) e pelo Centro Alemão de Pesquisa Integrativa em Biodiversidade (iDiv) e inclui dados de mais de 90.000 locais de campo intensivamente estudados, fornecidos pela Rede de Pesquisa de Ecossistemas Terrestres da Austrália (TERN).

“Este foi um exercício global enorme, combinando 1,1 milhões de sites de campo e centenas de colaboradores”, diz o Dr. Greg Guerin, da Universidade de Adelaide e da TERN. “Ele fornece um novo recurso importante para entender como as plantas respondem aos seus ambientes”.

Atualmente, cerca de 390.000 espécies de plantas são conhecidas pela ciência. O estudo mostra que a diversidade da vegetação global pode ser descrita com base em apenas algumas características de cada espécie.

“Mas acontece que, na escala global, o clima geral se relaciona apenas fracamente a essas principais características funcionais, como o tamanho das folhas, apesar de padrões óbvios, como a ausência de árvores muito altas nos desertos. Esse resultado foi inesperado. Assumiu-se que os tipos de plantas em um determinado local seriam determinados mais fortemente pelo clima,” diz o Dr. Guerin.

“As diferenças globais nas comunidades globais de plantas precisam ser explicadas por outros fatores. Condições locais, como diferenças de pequena escala em solos, microclima ou regimes de fogo podem ser mais importantes do que o previsto. Isso significa que não poderemos prever facilmente como a vegetação global responderá às mudanças climáticas. Em vez disso, os ecossistemas terão que ser avaliados com mais detalhes em nível regional”, aponta o pesquisador.

Conhecida como “sPlot”, a iniciativa foi lançada no centro de pesquisas iDiv para desenvolver e configurar o primeiro banco de dados de vegetação global, unificando e mesclando os conjuntos de dados existentes. “sPlot” contém atualmente mais de 1,1 milhão de listas de vegetação de todos os continentes, coletadas nas últimas décadas por centenas de pesquisadores de todo o mundo.

O banco de dados está disponível a pedido de outros cientistas, produzindo oportunidades sem precedentes para abordar inúmeras questões de biodiversidade em escala global, incluindo questões relativas à distribuição de espécies de plantas não nativas e as semelhanças e diferenças das comunidades vegetais em todas as regiões do mundo.

Acesse a notícia completa no site da Universidade de Adelaide (em inglês).

Fonte: Universidade de Adelaide. Imagem: pixabay.

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