Notícia

Descafeinação da erva-mate pode ser feita usando tecnologia limpa

Pesquisa desenvolvida por professor da Escola Politécnica da PUC-RS utiliza o CO2 na extração supercrítica da matéria-prima

Divulgação, PUC-RS

Fonte

PUC-RS | Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Data

quarta-feira, 22 setembro 2021 06:30

Áreas

Química Verde. Tecnologias.

Símbolo do Rio Grande do Sul, o chimarrão faz parte do dia a dia de muitos gaúchos como item indispensável. Uma pesquisa desenvolvida na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS) mostrou como a tecnologia de materiais pode impactar positivamente neste hábito popular. A erva-mate consumida na forma de chimarrão tem uma concentração de cafeína entre 1,0% e 2,5 %, ou seja, maior que a concentração de cafeína do próprio café. E o que aconteceria se essa composição fosse modificada de forma limpa? 

A pesquisa desenvolvida pelo Dr. Eduardo Cassel, professor da Escola Politécnica da PUC-RS tem como escopo a extração supercrítica – processo que utiliza o solvente na condição de fluido supercrítico – de cafeína da erva-mate. O principal diferencial desse estudo é a utilização do CO2 como solvente, considerado uma tecnologia limpa. De acordo com o pesquisador, esse tipo de processo de extração apresenta vantagens em relação aos processos tradicionais com solventes em estado líquido.

Descafeinação da erva-mate: Uma matéria-prima, três produtos diferentes 

O Dr. Eduardo Cassel conta que a partir de uma mesma matéria-prima (erva-mate) é possível obter três produtos: erva-mate descafeinada, cafeína e compostos antioxidantes. O projeto de purificação e nanoencapsulação/nanoemulsão de cafeína, vinculado ao Edital MAI do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – Programa de Mestrado para a Inovação, tem como objetivo obter novas formas de uso da cafeína na área de cosméticos e de alimentos. 

O professor ainda destaca que esse processo opera em alta pressão e que sua principal qualidade é o fato de ser seletivo à cafeína, sem alterar significativamente as propriedades sensoriais da erva-mate usada para o chimarrão. O estudo foi desenvolvido no Laboratório de Operações Unitária (Lope), utilizando a unidade de extração supercrítica desenvolvida, implantada e validada pelo grupo de pesquisa sediado no Lope. 

A pesquisa também contou com a parceria da empresa Baldo S.A., por meio do primeiro projeto de pesquisa em cooperação em empresa desenvolvido na PUC-RS que utilizou os incentivos da Lei do Bem. Este estudo envolveu o Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Tecnologia de Materiais (duas teses de doutorado, uma dissertação de mestrado e quatro alunos de Iniciação Científica) e o curso de Engenharia Química da PUC-RS.

Acesse a notícia completa na página da PUC-RS.

Fonte: PUC-RS. Imagem: Divulgação, PUC-RS.

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