Notícia

Da origem às ações internacionais: a história das sacolas plásticas

Descartadas incorretamente, elas começam a aparecer no fundo dos oceanos, no topo das montanhas e até nas calotas polares

Ben_Kerckx via Pixabay

Fonte

Nações Unidas Brasil

Data

terça-feira, 11 janeiro 2022 06:40

Áreas

Gestão Ambiental. Gestão de Resíduos. Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Novidade nos anos 1970, as sacolas de plástico são hoje um produto encontrado em todos os cantos do mundo. Produzidas em uma velocidade de até um trilhão de sacolas ao ano, elas começaram a aparecer nos pontos mais profundos do oceano, no topo do Monte Everest e até nas calotas polares. Por serem tão propagadas, elas são um dos maiores desafios ambientais da atualidade, alertou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

De onde elas vieram e como chegaram a este ponto?

1933 — Polietileno, o plástico mais utilizado, é criado acidentalmente em uma indústria química em Northwich, na Inglaterra. Por mais que tenha sido originado anteriormente em proporções menores, essa foi a primeira vez que o material foi sintetizado de forma que fosse prático para a indústria. Visto o potencial da descoberta, o polietileno foi primeiramente usado em segredo pelo Exército Britânico durante a Segunda Guerra Mundial.

1965 — A companhia sueca Calloplast patenteia o design das sacolas de compras feitas unicamente de polietileno. Projetado pelo engenheiro Sten Gustaf Thulin, o modelo rapidamente toma o lugar das sacolas de tecido e plástico pela Europa.

1979 — Predominando em 80% do mercado de sacos na Europa, as sacolas plásticas são disseminadas para os Estados Unidos e outros países. As empresas de plástico passam a vendê-las como um produto de uso único, superior às sacolas de papel e às reutilizáveis.

1982 — Safeway e Kroger, duas das maiores redes de supermercado dos Estados Unidos, adotam o uso das sacolas plásticas. Apesar de ainda não tão aceitas pelos consumidores, elas são mais baratas que as demais opções e outras lojas passam a utilizá-las. Ao final da década, as sacolas de papel já seriam completamente substituídas.

1997 – O marinheiro e pesquisador Charles Moore descobre a Grande Ilha de Lixo do Pacífico, o maior dos giros oceânicos no mundo, onde há uma quantidade gigantesca de plástico acumulado. Esse conjunto de lixo marinho e poluição plástica é uma grande ameaça à vida marinha e demonstra os efeitos duradouros e nocivos dos plásticos de uso único.

2002 — Bangladesh é o primeiro país a proibir as sacolas plásticas finas, após descobrir que elas contribuíam para o entupimento das tubulações de esgoto durante inundações. Outros países começam a seguir o exemplo.

2011 — É atingida a marca de consumo de um milhão de sacolas plásticas a cada minuto em todo o mundo.

2018 — Em julho de 2018, o PNUMA revelou que, de 192 países analisados, 127 implementavam alguma legislação nacional para resolver o problema das sacolas plásticas.

2018 — #AcabeComAPoluiçãoPlastica é escolhido como tema do Dia Mundial do Meio Ambiente, do qual a Índia é anfitriã. Empresas e governos em todo o mundo continuam a anunciar novas promessas para combater os resíduos plásticos.

2019 — Entra em vigor a Diretiva da União Europeia relativa aos plásticos de uso único, uma vez que a UE visa liderar a luta contra o lixo marinho e a poluição plástica.

2020 — Ao reconhecer o grande problema de resíduos que o plástico gera, a China se compromete a fortalecer a fiscalização nacional de poluição plástica, inaugurando uma era de redução dos plásticos de uso único.

2021 — Os Estados Unidos anunciam que apoiarão um tratado global para combater a poluição plástica, preparando o cenário para cooperações e ações internacionais.

Acesse a notícia na página das Nações Unidas Brasil.

Fonte: Nações Unidas Brasil. Imagem: Ben_Kerckx via Pixabay.

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