Notícia

COPPE inaugura Ilha de Policogeração Sustentável, protótipo para geração de eletricidade e água em locais remotos

Protótipo é capaz de gerar água pura, biodiesel e eletricidade

Divulgação, COPPE/UFRJ

Fonte

COPPE/UFRJ e CAPES

Data

quinta-feira, 26 maio 2022 11:15

Áreas

Desigualdade Socioambiental. Energia. Engenharia Ambiental. Engenharia Hídrica. Gestão Ambiental. Hidrologia. Saúde. Sociedade. Sustentabilidade. Tecnologias.

O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou, no último dia 23 de maio, um modelo de sistema capaz de gerar, simultaneamente, eletricidade, água destilada e biodiesel entre outros insumos. O protótipo, chamado pela Coppe de Ilha de Policogeração Sustentável (IPS), conjuga o uso de energia solar com a recuperação de calor, em geral descartado, por meio de micro-trocadores de calor e dessalinizador de água via destilação por membranas. O novo sistema é o único modelo complexo de geração de energia e água no País.

O sistema foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Nano e Microfluídica e Microssistemas da COPPE, sob a coordenação da Dra. Carolina Naveira-Cotta, professora do Programa de Engenharia Mecânica da COPPE. O sistema pode ser um importante aliado de prefeituras e comunidades remotas do Semiárido nordestino que não estão conectadas ao Sistema Interligado Nacional, ‘fazendas’ de produção de energia solar, campos de óleo e gás nearshore, ilhas e regiões inóspitas, áreas em conflito ou de desastres ambientais.

“O demonstrador… conjuga um painel fotovoltaico de alta concentração, com capacidade de gerar cinco quilowatts de energia elétrica e oito quilowatts de energia térmica recuperáveis, e três conjuntos de coletores solares para aquecimento de água. Algo que muito me motiva nesse projeto é a possibilidade de, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional e o Ministério de Minas e Energia, fazer uma ação conjunta para atender estas comunidades que estão off grid, porque aqui temos essa geração simultânea de energia e água. Somente esses 5 kWe nominais do demonstrador poderiam atender cerca de 25 residências/famílias. O dessalinizador que temos no projeto produz mil litros de água destilada por dia, podendo atender o consumo típico de mais de 100 pessoas por dia. Estamos pensando em comunidades do semiárido e, claro, o projeto é escalonável”, relatou a professora Carolina.

Para o professor Maurício Guedes, diretor de Tecnologia da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), a IPS é um exemplo de projeto com base científica, anos de trabalho com formação de recursos humanos, pesquisa básica e aplicação muito efetiva para fazer frente a demandas da vida real: “É um belo exemplo a ser seguido, é a universidade transformando conhecimento em soluções que vão levar riqueza e bem-estar à sociedade, energia elétrica, água limpa a comunidades isoladas. Tem enorme potencial. Tecnologia quando se transforma em inovação tem um impacto social”.

“O projeto junta tecnologias diferentes, articula saberes diferentes em torno de uma solução complexa e completa para as questões de água e energia elétrica. Aqui tem Eletrônica, Física, Engenharia de Materiais, Mecânica, Química. A vida é assim, ela não é segmentada. E essa é uma qualidade da COPPE, articular diferentes saberes para enfrentar os desafios postos pela sociedade”, reconheceu Maurício Guedes.

Na opinião da vice-diretora da COPPE, professora Dra. Suzana Kahn, o projeto liderado pela professora Carolina Naveira-Cotta mostra a capacidade da instituição: “Temos uma tradição já antiga na área de óleo e gás. O mundo está passando por uma transição energética, e a gente como COPPE e como UFRJ, também está se transformando, e esse projeto sintetiza bem. Não só é sustentável, mas tem modularidade e preocupação com inclusão. Uma característica que também me entusiasma no projeto é fazer convergir vários atores do setor de Ciência e Tecnologia. É uma síntese desse novo mundo, que a COPPE e o Brasil querem ser”, concluiu a professora Suzana.

O protótipo está classificado no nível TRL 6 (Technology Readiness Level), escala de prontidão tecnológica que vai de 1 a 9, criada pela Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, e serve para indicar o amadurecimento tecnológico de um produto.

O projeto é financiado pela Petrogal Brasil via ANP e Embrapii-COPPE, e conta com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da FAPERJ, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Marinha do Brasil.

Acesse a notícia completa na página da COPPE/UFRJ e da CAPES.

Fonte: COPPE/UFRJ e CAPES. Imagem: Divulgação, COPPE/UFRJ.

Os comentários constituem um espaço importante para a livre manifestação dos usuários, desde que  cadastrados no Canal Ambiental e que respeitem os Termos e Condições de Uso. Portanto, cada comentário é de responsabilidade exclusiva do usuário que o assina, não representando a opinião do Canal Ambiental, que pode retirar, sem prévio aviso, comentários postados que não estejam de acordo com estas regras.

Leia também

2024 ambiental t4h | Notícias, Conteúdos e Rede Profissional em Meio Ambiente, Saúde e Tecnologias

Entre em Contato

Enviando
ou

Fazer login com suas credenciais

ou    

Esqueceu sua senha?

ou

Create Account