Notícia

Cientistas desenvolvem reator industrial em batelada mais rápido e com mais eficiência energética para o setor químico

Fonte

Universidade de Aberdeen

Data

terça-feira, 4 outubro 2022 15:45

Áreas

Energia. Indústria. Química. Tecnologias.

Cientistas da Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, tiveram uma participação importante no desenvolvimento de um novo reator industrial em batelada que pode melhorar drasticamente a eficiência energética no setor químico, o terceiro maior emissor industrial de CO₂ do mundo.

Acadêmicos da Escola de Engenharia de Aberdeen trabalharam com a empresa escocesa de engenharia química Process Technology Strategic Consultancy (PTSC) no desenvolvimento do reator em batelada PI QFlux, que pode produzir produtos químicos muito mais rápido, usando muito menos energia, do que os reatores em batelada tradicionais.

Além de reduzir os custos operacionais para indústrias de produtos químicos, o PI QFlux também pode operar com zero carbono ao usar fontes verdes de eletricidade e pode ser adaptado em sistemas de plantas existentes para melhorar a eficiência das instalações químicas antigas.

Em um teste recente em larga escala realizado no Japão, provou ser quatro vezes mais rápido do que outros reatores em batelada operando nas mesmas condições, usando até 50% menos energia do que as tecnologias tradicionais.

O Dr. Marcus Campbell Bannerman e o Dr. Panagiotis Kechagiopoulos, professores da Escola de Engenharia da Universidade de Aberdeen, aplicaram sua experiência em simulação para validar e otimizar os primeiros projetos do reator.

O Dr. Marcus Bannerman comentou: “Realizamos simulações do novo projeto do reator da PTSC e do projeto de reator mais tradicional existente para comparar, prever e otimizar seu desempenho. Ao fazer isso, encontramos um grande aumento na transferência de calor e no desempenho da mistura, bem como algumas maneiras de melhorar o desempenho. A PTSC combinou nossos resultados com seu próprio trabalho de desenvolvimento por meio de uma equipe internacional para garantir financiamento para o teste em grande escala no Japão, que confirmou que o reator atendeu ao excelente desempenho previsto em nossas simulações. Este novo reator pode levar a um aumento maciço de produtividade, bem como economia de custos e energia. A indústria deve agora começar a integrá-lo em suas plantas existentes e novos projetos”.

O Dr. Andrew C. Wills, diretor administrativo da PTSC, acrescentou: “O estudo de modelagem de projeto conceitual realizado pela equipe da Universidade de Aberdeen nos permitiu fornecer uma revisão e análise acadêmica que não conseguimos realizar por conta própria. Esses resultados forneceram um grau de independência às próprias avaliações da PTSC, permitindo uma maior confiança em nossa abordagem radical ao processamento químico em batelada de parceiros que puderam ver os números por trás de nossa visão”.

“Os resultados de nossos testes em larga escala superaram nossas expectativas e acreditamos que nosso reator tem potencial para ser um grande disruptor na indústria química. Gostaríamos de agradecer a todos que nos apoiaram e investiram em nossa visão, incluindo a equipe da Universidade de Aberdeen. Estamos ansiosos para levar o reator em batelada PI QFlux ao mercado e proporcionar uma mudança real na indústria química, aumentando a eficiência e reduzindo as emissões de carbono”, concluiu o Dr. Andrew Wills.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Aberdeen (em inglês).

Fonte: Comunicação, Universidade de Aberdeen. Imagem: Divulgação, PTSC Ltd.