Notícia

Cientistas da USP criam e patenteiam método para produzir novos antifúngicos

Tecnologia pode ser utilizada para combater doenças produzidas por cepas resistentes aos tratamentos tradicionais

Kelly Ishida.

Fonte

Jornal da USP | Universidade de São Paulo

Data

quarta-feira, 1 agosto 2018 11:00

Áreas

Saúde, Sociedade.

Cada ano, mais de 1,5 milhão de pessoas morrem no mundo por infecções por fungos, um número maior do que as mortes causadas por malária ou tuberculose. Apesar disso, e do rápido surgimento nos últimos anos de fungos resistentes a tratamentos tradicionais, só existem três classes de antifúngicos no mercado, um número que permanece estável desde 2006.

Agora, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP acabam de patentear um método para produzir, de forma rápida e econômica, novas moléculas com propriedades antifúngicas.

“A grande vantagem biológica é que essas moléculas têm um efeito antifúngico melhor ou similar aos antifúngicos que estão no mercado”, explica a professora Dra. Kelly Ishida, que desenvolveu os ensaios biológicos. “Esses compostos também mostraram ser ativos para, pelo menos, dois dos principais gêneros de fungos que causam infecções hospitalares, Candida e Cryptococcus, e para linhagens resistentes a antifúngicos comerciais, como o fluconazol.”

Os compostos são derivados da oxazolina, uma molécula com forma de anel, formada por três átomos de carbono, um de oxigênio e um de nitrogênio. Embora a oxazolina por si só não tenha nenhuma aplicação conhecida, alguns compostos que contêm o anel de oxazolina na sua estrutura têm propriedades clínicas, inclusive contra fungos. Mas, de acordo com os pesquisadores, os derivados obtidos pelo novo método mostram melhor atividade antifúngica e menor toxicidade contra células humanas do que os descritos até o momento na literatura.

Os métodos tradicionais para produzir derivados de oxazolinas têm um custo e um tempo de síntese altos, dois problemas que o novo processo evita.

“A gente tem só três passos reacionais. Isso é muito vantajoso porque você não despende um tempo muito grande para preparar. Os tempos de reação são muito curtos e os reagentes são baratos e fáceis de se encontrar”, explica o professor Hélio Stefani, responsável pela síntese das moléculas.

Acesse a notícia completa no site do Jornal da USP.

Fonte: Ignacio Amigo, Jornal da USP. Imagem: Kelly Ishida, divulgação.

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