Notícia
Capes – PrInt: Tecnologias Ambientais propõem pesquisas em direção a segurança hídrica
A proposta é desenvolver um sistema em tempo de real de alerta de cheias considerando múltiplas incertezas
Divulgação
Fonte
UFMS | Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Data
sexta-feira, 10 maio 2019 09:50
Áreas
Agenda 2030, Recursos Hídricos, Sustentabilidade, Tecnologias.
Responsáveis por uma parte significativa do número de catástrofes naturais registradas no mundo, com numerosas perdas humanas, ambientais e materiais, as enchentes e inundações são alvo crescentes de estudos quando se pensa em cidades inteligentes, preparadas para reverter esses e outros fenômenos.
Esse desafio está sendo encabeçado na UFMS pelo Programa de Pós-graduação em Tecnologias Ambientais (PPGTA), com a participação de pesquisadores estrangeiros, no projeto de pesquisa Capes-PrInt “Águas urbanas: em direção a segurança hídrica”. A proposta é desenvolver um sistema em tempo de real de alerta de cheias considerando múltiplas incertezas, inicialmente chamado de Sistema de Alerta e Previsão de Inundação (SAPI).
Entre os objetivos estão analisar a incerteza das variáveis de entrada e sua propagação no modelo, avaliar dados de radar meteorológico a partir de dados pluviométricos observados, desenvolver e avaliar métodos para gerar mapas de cobertura do solo e modelos digitais do terreno, os quais são necessários como dados de entrada para o sistema de alerta e estabelecer diretrizes de projeto para Floating Treatment Wetlands (FTWs) para fins de tratamento de águas pluviais, além de mapear e caracterizar as florestas urbanas.
Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, que todos os anos registra fortes pontos de inundação, com transbordamento de córregos e rios, será a cidade modelo na pesquisa. “Queremos desenvolver uma metodologia que seja tocada aqui em Campo Grande, que tenha impacto na sociedade, e que possa ser replicada em qualquer lugar do mundo a partir do sistema de alerta para enchentes”, explica o professor José Marcato Junior, coordenador do projeto.
Modelagem
Para chegar ao alerta, os pesquisadores partirão de dados de captação da água de chuva, nível dos rios, de vazão, ou seja, irão avaliar dados de radar meteorológico a partir de dados pluviométricos observados. “Temos dados de precipitação, coletados por pluviômetros, mas também dados de satélite e de radar meteorológico. Então, a ideia é saber quão confiáveis são esses dados. Num sistema de alerta eu preciso ter dados de entrada, eu tenho que conhecer a precipitação, mas se tiver problema no pluviômetro, aqui em solo, por exemplo, temos vários outros dados que podem dar suporte nessa modelagem”, explica Marcato.
Na área de mapeamento são aplicadas técnicas de deep learning, que é aprendizado de máquina, com a finalidade de contribuir para se ter uma maior acurácia no mapeamento, em modelagem 3D, contando ainda com o uso de Veículos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Com o mapa de cobertura do solo, é possível saber onde há áreas permeáveis e impermeáveis, conhecer o terreno, porque a água tende a ir para lugares mais baixos, conforme o relevo.
“Temos um modelo hidrológico, das bacias hidrográficas urbanas e a partir disso temos estimativas, sabemos onde estará ocorrendo essas situações de inundação. A ideia é ajustar esse modelo, e que seja realmente útil, não seja um modelo teórico e que no final a população esteja ciente de onde estão as situações de alagamento no município”, completa Marcato.
Acesse a notícia completa na página da UFMS.
Fonte: Paula Pimenta, UFMS. Imagem: divulgação.
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