Notícia
Brasil terá centro de síntese em biodiversidade até o fim do ano
Primeira iniciativa do tipo na região tropical vai integrar dados de pesquisas feitas para a resolução de problemas da sociedade
Antoninho Perri, Jornal da Unicamp
Fonte
Jornal da Unicamp | Universidade de Campinas
Data
segunda-feira, 1 outubro 2018 10:30
Áreas
Biodiversidade, Pesquisa, Sociedade.
Um consórcio de agências de fomento à pesquisa, federais e estaduais, ao lado de outras organizações do Brasil e do exterior, dará início ainda este ano ao Centro de Síntese em Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (SinBiose). A iniciativa será a primeira na região tropical, a exemplo de outras em operação no Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e Austrália.
O objetivo é integrar dados de pesquisa espalhados por diferentes centros, a fim de avançar o conhecimento científico e procurar resolver problemas da sociedade, por meio de iniciativas junto a comunidades e órgãos governamentais.
Algumas definições para o SinBiose foram dadas durante workshop realizado entre os dias 24 e 26 de setembro no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da Universidade de São Paulo (USP). Segundo Marcelo Morales, vice-presidente do CNPq, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) garantiu alocar R$ 1 milhão para o início das atividades.
“Temos que começar e decidimos começar virtualmente. Mas precisamos agora mostrar os resultados. Com isso, tenho certeza de que iremos convencer não apenas o Congresso, mas as agências e os ministérios [a colocar mais recursos na iniciativa]”, disse Morales durante o evento.
“A ideia de criar um centro de síntese é a possibilidade de reunir dados já disponíveis em projetos voltados para a solução de problemas, seja de uma bacia hidrográfica ou uma cidade, e utilizar essa síntese para o aperfeiçoamento e a implementação de políticas”, disse o organizador do evento o Dr. Carlos Alfredo Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.
O Dr. Joly explicou que esses dados estão espalhados em grupos de pesquisa no Brasil inteiro, mas não há nenhuma instituição responsável por integrá-los. “Nossa ideia é fazer algo transversal, que integre os melhores pesquisadores em determinado assunto para reunir tudo o que há de informação sobre aquele tópico específico e ver o quanto é possível avançar em relação a soluções e respostas a problemas”, disse à Agência FAPESP.
Uma das primeiras ideias para a criação de um centro de síntese em biodiversidade no Brasil teria vindo principalmente após as recomendações do relatório científico de 2015 do programa Pesquisa Ecológica de Longa Duração (PELD). “O relatório enfatiza que é realmente importante ter ligações mais fortes com os outros stakeholders [interessados] para que haja maior capacidade de preencher as lacunas entre ciência e prática”, disse o palestrante Jean Paul Metzger, professor do Instituto de Biociências da USP e membro da coordenação do programa BIOTA-FAPESP.
Acesse a notícia completa no site do Jornal da Unicamp.
Fonte: André Julião, Agência FAPESP. Imagem:
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