Notícia

Bióloga cria método que mede índice de nitrogênio em árvores

Procedimento é importante para diagnóstico da situação de florestas nativas em processo de restauração

Reprodução

Fonte

Jornal da Unicamp | Universidade de Campinas

Data

quinta-feira, 23 agosto 2018 09:00

Áreas

Gestão Ambiental, Recursos Naturais, Sustentabilidade.

A restauração de florestas exige diversos estudos e avaliações. Atingir formações consistentes como as originais não é apenas uma questão de plantar as espécies originárias de determinada região, mas também acompanhar seu funcionamento. O estabelecimento de árvores grandes, com troncos robustos, consumidores de CO2, depende de um processo de formação longo, no qual espécies intermediárias e pioneiras precisam se estabelecer e criar o ecossistema adequado para geminação e crescimento daquelas menos adaptadas a condições de alta luminosidade.

Muitas das florestas em processo de fragmentação, apesar de apresentarem ampla variedade de espécies, não chegam a atingir a maturidade, especialmente devido a um processo conhecido como secundarização de florestas, no qual há grande dominância de espécies pioneiras. Avaliar a utilização de nitrogênio pelas plantas pode trazer informações preciosas na condução de ações e políticas públicas específicas que levem a uma maior compreensão do funcionamento das florestas nativas e em processo de restauração.

A pesquisadora Dra. Nidia Mara Marchiori, em sua tese de doutorado “Estratégias funcionais do uso de nitrogênio em um gradiente de perturbação antrópica na Mata Atlântica”, defendida no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, desenvolveu um índice para essa medição, utilizando como parâmetro a nitrato redutase – grupo de enzimas em atividade nas plantas que transforma o nitrato encontrado no solo em nitrito, o qual posteriormente será convertido em aminoácidos e proteínas, se caracterizando como elemento necessário na formação de estruturas e no desenvolvimento. “A partir da utilização do nitrogênio e características estruturais, podemos classificar o estágio sucessional de determinada floresta, isto é, seu grau de maturidade”, afirmou.

A Dra. Marchiori associou o modelo desenvolvido por seu orientador, o Dr. Marcos Pereira Marinho Aidar, à área basal das árvores e pode classificar fragmentos de mata de até 100 hectares. “A gente associou as informações, uma de funcionamento e outra de estrutura, e criou um índice, como se fosse uma régua. Tínhamos áreas controle nos dois extremos, uma bem conservada e outra mais antropizada. Os fragmentos que eu analisei foram encaixando nessa régua, sinalizando quais estariam em uma fase inicial e quais já estariam mais avançados na sucessão. Infelizmente, são todos muito iniciais”, relatou.

Acesse a notícia completa no site do Jornal da Unicamp.

Fonte: Gabriela Villen, Jornal da Unicamp. Imagem: Reprodução.

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