Notícia

Bioenergia é opção para novo ciclo de desenvolvimento

Com a demanda por energia aumentando no mundo todo, fontes renováveis como a cana-de-açúcar, a energia solar e a eólica são apontadas pelos especialistas como algumas das melhores alternativas

Divulgação

Fonte

Jornal da Unicamp

Data

segunda-feira, 20 maio 2019 10:00

Áreas

Biotecnologia. Energia. Recursos Naturais. Sustentabilidade. Tecnologias.

O ciclo de desenvolvimento baseado em combustíveis fósseis está com os dias contados e as alternativas energéticas renováveis abrem um novo campo de pesquisa e de emprego mais bem remunerado e qualificado para as futuras gerações. A conclusão é de especialistas participantes do terceiro episódio do programa Ciência Aberta em 2019, lançado no dia 15 de maio. O programa é uma parceria da FAPESP com o jornal Folha de S. Paulo.

Segundo os pesquisadores, a bioenergia é mais democrática do que as fontes tradicionais. “Ela não pode ser gerada de forma tão centralizada como uma refinaria de petróleo ou uma central nuclear. A bioenergia pressupõe uma distribuição maior [dos empregos e recursos]”, disse o Dr. Luiz Augusto Horta Nogueira, pesquisador associado do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Universidade Estadual de Campinas (Nipe-Unicamp) e consultor de agências das Nações Unidas.

Dr. Rubens Maciel Filho, professor da Faculdade de Engenharia Química da Unicamp e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), destacou que a produção de cana-de-açúcar para fabricação de etanol levou ciência e tecnologia para o interior do Estado de São Paulo, inclusive para regiões onde nem sequer havia estrutura para produzir alimentos.

“Temos exemplos muito interessantes, do próprio BIOEN, que mostram a evolução da qualidade do emprego, o desenvolvimento das regiões onde se produz o etanol e de como ele trouxe toda uma indústria em volta dele”, disse Maciel, coordenador do Centro de Inovação em Novas Energias (Cine).

Com unidades na Unicamp, no Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) e no Instituto de Química de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP), o centro tem apoio da FAPESP e da Shell, no âmbito do programa Centros de Pesquisa em Engenharia (CPE).

Do ponto de vista educacional, O Dr. Maciel destacou que as biorrefinarias – que além de combustíveis podem produzir insumos químicos, alimentos, fertilizantes e energia, entre outros – levarão cada vez mais doutores e outros profissionais de alta qualificação para o interior do Estado, promovendo seu desenvolvimento.

Estudos mostram ainda que a instalação de uma usina de etanol e açúcar traz ganhos para três ou quatro cidades no seu entorno, demonstrando como o impacto social da chamada bioeconomia é uma realidade no Brasil.

“Os municípios em volta se beneficiam diretamente do ponto de vista da educação dos seus cidadãos. Os funcionários de uma usina têm os seus filhos educados em nível melhor do que a média e ganham mais do que a média na agricultura”, disse a Dra. Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e coordenadora do BIOEN.

Acesse o conteúdo completo na página do Jornal da Unicamp.

Fonte: André Julião | Agência FAPESP. Imagem: Reprodução.

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