Notícia

Águas residuais podem ser a chave para rastrear segunda onda da COVID-19

Grupo internacional de especialistas está avaliando maneiras de desenvolver abordagens padronizadas para o uso de águas residuais no rastreamento da disseminação do novo coronavírus

Diego Silvestre, via Wikimedia Commons

Fonte

Universidade de Sheffield

Data

domingo, 24 maio 2020 13:10

Áreas

Engenharia Ambiental. Hidrologia. Recursos Hídricos. Saneamento. Saúde Pública.

Quando o Reino Unido começa a diminuir suas restrições devidas à COVID-19, pesquisadores estão desenvolvendo novas técnicas que podem permitir que as águas residuais sejam usadas para localizar novos pontos críticos de infecção ou para ajudar a rastrear uma segunda onda da pandemia do novo coronavírus.

A pesquisa, que reúne alguns dos principais especialistas do mundo em gerenciamento de águas residuais, está estabelecendo uma série de novos procedimentos padronizados para identificar o vírus nas águas residuais e fornece uma imagem de como a COVID-19 está se espalhando, sem a necessidade de testar indivíduos.

Reunido pela Water Research Foundation, o grupo internacional está:

  • Desenvolvendo boas práticas e procedimentos padronizados para coleta e armazenamento de amostras de água;
  • Desenvolvendo práticas recomendadas para o uso de ferramentas de genética molecular para identificar níveis do novo coronavírus em amostras de águas residuais;
  • Desenvolvendo abordagens recomendadas para o uso dos níveis do novo coronavírus em amostras de água para informar tendências e estimativas da propagação do vírus nas comunidades;
  • Desenvolvendo estratégias para comunicar as implicações dos resultados da vigilância ambiental para a comunidade de saúde pública, trabalhadores de águas residuais e o população.

Um componente essencial para permitir o uso de águas residuais para ajudar a rastrear a propagação da pandemia é monitorar a presença de marcadores genéticos do vírus Sars-CoV-2. A professora Dra. Vanessa Speight, do Departamento de Engenharia Civil e Estrutural da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, está co-liderando os esforços para estabelecer novas técnicas de análise e modelagem de dados que possam ser usadas para interpretar com segurança os dados coletados das amostras de águas residuais.

Essas técnicas podem ajudar a criar um mapa mais preciso de como o vírus está se espalhando, bem como o surgimento de uma segunda onda da pandemia. O uso do monitoramento de águas residuais para a ocorrência do vírus Sars-CoV-2 oferece uma maneira rápida de obter uma imagem integrada do nível de infecção em toda a comunidade, sem a necessidade de testar indivíduos.

A professora Vanessa Speight, que trabalha em projetos com a indústria para solucionar grandes desafios no setor de água, explicou: “Existe um grande potencial para as águas residuais fornecerem informações valiosas sobre a ocorrência da COVID-19 nas comunidades. Mas, como esse é um campo de investigação muito novo, identificamos várias áreas em que os esforços futuros de pesquisa devem ser concentrados para maximizar o valor desses dados”.

O grupo de especialistas em água recentemente se reuniu virtualmente para uma Cúpula Internacional de Pesquisa em Água para compartilhar recomendações e trocar descobertas iniciais. Agora, cada equipe está realizando suas pesquisas com o objetivo de obter resultados que possam ser usados ​​para ajudar a rastrear uma segunda onda de COVID-19 ou outras futuras pandemias.

Acesse as recomendações feitas por cada equipe na Cúpula Internacional de Pesquisa em Água (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Sheffield (em inglês).

Fonte: Sean Barton, Universidade de Sheffield. Imagem: Águas residuais sendo despejadas no rio Tamanduateí, em São Paulo. Fonte: Diego Silvestre, via Wikimedia Commons.

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