Notícia
A sustentabilidade da reação química que converte dióxido de carbono em metanol
Pesquisadora da Universidade da Pensilvânia trabalha unindo os estudos em reatores às políticas energéticas
Eric Sucar, Universidade da Pensilvânia
Fonte
Universidade da Pensilvânia
Data
segunda-feira, 4 março 2019 15:50
Áreas
Química. Sustentabilidade. Combustíveis.
O ano de 2018 foi o quarto mais quente já registrado e marca uma tendência contínua de aumento das temperaturas globais. Com o aumento do risco de elevação do nível do mar, ondas de calor insuportáveis e eventos climáticos extremos, os pesquisadores estão buscando ativamente maneiras de lidar com as mudanças climáticas.
A química Dra. Amy Chu, pós-doutoranda na Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, está lidando com problemas relacionados à energia por meio de pesquisas fundamentais e políticas energéticas orientadas pela ciência, pesquisando através do Instituto Vagelos de Ciência e Tecnologia da Energia e trabalhando como consultora científica para o Centro Kleinman de Política Energética.
A pesquisa da Dra. Amy Chu se concentra em uma reação química específica que combina dióxido de carbono com hidrogênio para criar metanol. O metanol é um material de partida para produtos industriais, como tintas, plásticos e espumas, e também pode ser usado como combustível. Essa reação química permite que os químicos usem o dióxido de carbono e o hidrogênio para produzir produtos como o metanol de maneiras ambientalmente sustentáveis.
“No entanto, isso não é perfeito”, diz a pesquisadora. “Quando você coloca dióxido de carbono e hidrogênio juntos, o metanol não é o único produto possível.” O objetivo da Dra. Chu é maximizar o metanol gerado pela reação e minimizar a criação de outros produtos. Para fazer isso, ela cria reações com condições ligeiramente diferentes, a fim de encontrar a pressão exata, o tempo, a temperatura e os catalisadores que produzem mais metanol.
As reações químicas ocorrem em pressões bastante elevadas, de até 90 atmosferas – a mesma pressão que um mergulhador experimentaria a 900 metros abaixo do nível do mar. Após cada reação de 16 horas, Chu pode coletar apenas três conjuntos de dados. Mas sua paciência e diligência logo serão recompensadas: depois de um ano de trabalho neste projeto, ela está agora a alguns meses de concluir as reações restantes que precisa antes de publicar seu trabalho.
Fora do laboratório, a Dra. Chu trabalha quatro horas por semana em um projeto que busca formas sustentáveis de criar gás natural. O gás natural, que consiste principalmente de metano, é perfurado a partir do solo, mas também pode ser feito em laboratório a partir de dióxido de carbono. No entanto, este último é um processo de custo proibitivo. A Dra. Chu analisa as tecnologias atualmente disponíveis para gerar metano e calcula os custos de cada etapa. Ela também participa de reuniões mensais com pesquisadores de políticas de energia. “O objetivo não é apenas deixar as tecnologias atuais impulsionarem o processo de formulação de políticas, mas também projetar uma política que permita que a tecnologia progrida ainda mais”, conclui a especialista.
Acesse a notícia completa na página da Universidade da Pensilvânia (em inglês).
Fonte: Erica K. Brockmeier, Universidade da Pensilvânia. Imagem: Eric Sucar, Universidade da Pensilvânia.
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