Notícia

90,5% do plástico produzido nunca foi reciclado

Pesquisadores americanos tentam aumentar a proporção de plásticos reciclados, que é muito baixa

Divulgação

Fonte

Universidade da Georgia

Data

segunda-feira, 31 dezembro 2018 11:55

Áreas

Gestão Ambiental. Gestão de Resíduos.

O trabalho da Dra. Jenna Jambeck, professora de Engenharia Ambiental na Universidade da Georgia, nos Estados Unidos, com colegas da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, e a Sea Education Association descobriu uma estatística surpreendente que foi nomeada a Estatística Internacional do Ano de 2018 pela Royal Statistical Society: 90,5% do plástico nunca foi reciclado.

Antes da pesquisa da Dra. Jambeck, não estava claro exatamente quanto plástico acabava em aterros ou, ainda mais problemático, em oceanos e rios ao redor do mundo. A nova estatística dá uma noção de escala ao problema da poluição global por plásticos. O trabalho anterior da Dra. Jambeck inclui um estudo de 2015 que foi o primeiro a estimar quanto dos resíduos plásticos produzidos em terra chegou às vias navegáveis do mundo. Seu acompanhamento por dois anos determinou a quantidade de plástico produzido em todo o mundo desde que a produção em grande escala dos materiais sintéticos começou no início dos anos 50.

Artigo publicado na revista científica Science, naquela época, estimava que 8 milhões de toneladas de plástico entraram nos oceanos em 2010. Pela primeira vez, houve um número – apesar de ser uma estimativa conservadora – que mostrou exatamente como o plástico se tornou onipresente. Outro estudo de acompanhamento, publicado em 2017 pelo grupo de pesquisa da Dra. Jambeck, indicou que os seres humanos criaram 8,3 bilhões de toneladas de plástico desde que a produção em massa começou nos anos 50. E a maior parte,ou 6,3 bilhões de toneladas, acabou sendo um desperdício.

No senado americano, a Dra. Jambeck alertou que a produção global de plástico continua crescendo – e espera-se que continue a crescer por décadas – e portanto mais animais e vidas humanas estão em risco. Embora seja importante investir dinheiro e esforço na limpeza dos oceanos, impedir que o plástico atinja os cursos d’água e reduzir nossa dependência em relação ao plástico não reutilizável é primordial, disse a especialista.

No verão de 2017, o Departamento de Estado americano enviou a Dra. Jambeck para as Filipinas, Indonésia, Japão, África do Sul, Vietnã e Tailândia para procurar maneiras de melhorar a infraestrutura de gerenciamento de resíduos sólidos e reduzir o uso de produtos de plástico. A chave para diminuir a quantidade de plástico no ambiente é minimizar a quantidade produzida, o que significa chegar à indústria.

O trabalho da pesquisadora no Instituto de Novos Materiais da Universidade da Georgia, um centro de pesquisa que tem foco nos princípios da engenharia ecológica e parcerias estratégicas do setor para encontrar alternativas para plásticos comuns, oferece a ela a chance de fazer exatamente isso. Ela lidera o Centro de Gerenciamento Circular de Materiais do instituto, onde seu objetivo é criar uma economia circular em que o desperdício não exista.

Acesse a notícia completa na página da Universidade da Georgia (em inglês).

Fonte: Universidade da Georgia. Imagem: Divulgação.

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