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Webinário destaca como setor empresarial pode utilizar plataformas de emissões e risco climático
As plataformas SIRENE Organizacionais e AdaptaBrasil do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) foram apresentadas, no último dia 18 de julho, para o setor empresarial em evento promovido pelo Movimento Ambição Net Zero do Pacto Global da ONU – Rede Brasil. O objetivo é que as empresas possam conhecer melhor as informações e recursos disponíveis e possam se engajar em iniciativas que contribuam com a ação climática.
O SIRENE Organizacionais é um módulo do Sistema de Registro Nacional de Emissões (SIRENE) para receber inventários de emissões das organizações. A plataforma foi construída considerando as experiências nacionais na área e em colaboração com instituições-chave no assunto. O SIRENE contribui para padronizar procedimentos em âmbito nacional e fortalecer o sistema de Mensuração, Relato e Verificação, estimulando as empresas a começarem a elaborar os relatórios e gerir as emissões.
O primeiro ciclo anual de recebimento de inventários do SIRENE Organizacionais está previsto para iniciar neste semestre.
Renata Grisoli, coordenadora técnica do projeto da Quinta Comunicação Nacional e Relatórios Bienais do Brasil à Convenção do Clima, destacou a importância da conexão dos inventários de emissões de gases de efeito estufa (GEE) com a ambição climática e como as empresas podem utilizar as informações para implementar ações climáticas. “Quando se sabe onde estão as maiores emissões, é possível direcionar os esforços para implementar ações de mitigação, contribuindo com a ambição do país”, afirmou.
O evento também abordou funcionalidades e informações disponíveis na AdaptaBrasil que podem contribuir com o planejamento e a elaboração de planos de adaptação de empresas à crise climática. A plataforma disponibiliza indicadores e índices sobre risco climático, que envolve compreender as ameaças climáticas futuras, as vulnerabilidades e a exposição. Estão contemplados dados sobre setores estratégicos, como segurança energética, saúde, recursos hídricos, segurança alimentar, infraestrutura. O recorte é até o nível municipal, ou seja, dados para todos os 5.570 municípios brasileiros.
De acordo com a Dra. Cassia Lemos, pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e integrante da equipe técnica da AdaptaBrasil, o setor privado pode utilizar os dados analisando impactos diretos e indiretos de acordo com as atividades econômicas que desenvolve. “Essas informações apoiam a estruturação de ações para adaptar o negócio às mudanças do clima”, explicou a Dra. Cassia Lemos.
Maria Fernanda Pistori, analista sênior de clima, destacou que o Pacto Global, que no Brasil tem mais de 2 mil empresas engajadas, atua para o engajamento das empresas em ações coletivas, que envolvam iniciativas para adaptação à mudança do clima e mitigação, e que possam entregar resultados com efetivo impacto, dado a urgência do tema. “Temos ações coordenadas e propositivas para o setor empresarial”, explicou.
Entre as iniciativas está o programa Ambição 2030, que prevê a elaboração de inventários de emissões anuais e do estabelecimento de metas de redução de emissões de curto e longo prazos. “Recomendamos fortemente que as empresas façam adesão de participação a essa plataforma [SIRENE Organizacionais] e às empresas que já estão engajadas, que participem”, afirmou Maria Fernanda Pistori.
Acesse o Webinário ‘Plataformas para Emissões e Adaptação Climática: Ferramentas Governamentais para o Setor Privado‘.
Acesse a notícia completa na página do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Fonte: MCTI.
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