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Vida sem Lixo: iniciativa da UNIFAL-MG envolve estudantes de Poços de Caldas na separação de resíduos urbanos
Na busca por promover a conscientização da sociedade para a gestão de resíduos urbanos, o projeto de extensão ‘Canal Vida sem Lixo’, desenvolvido pela Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) – Campus Poços de Caldas – articula atividades de educação ambiental em escolas do município. O grupo também divulga informações sobre a temática dos resíduos sólidos urbanos por meio das mídias sociais, a fim de alcançar a população.
O projeto é coordenado pelo Dr. Luiz Felipe Ramos Turci, professor do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT) da UNIFAL-MG, e envolve os estudantes Wagner Giuseppe Suzigan e Luis Guilherme Stefani Possani, do curso de Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia. Nos anos anteriores, o projeto contou também com a participação do discente Leonardo Henrique Oliveira.
Conforme o coordenador, o Canal Vida sem Lixo nasceu durante a pandemia em colaboração com o catador Antônio Aparecido Almeida, o Toninho, a arquiteta urbanista Maria Carolina Nassif e a artista plástica Dalmoni Lydijusse. “Durante a pandemia de COVID-19, nos juntamos no Coletivo Vida do Lixo – nosso antigo nome – e formamos o canal conhecido hoje como Vida sem Lixo”, contou.
Para desenvolver ações de educação ambiental sobre a temática no período crítico de isolamento social, o grupo criou perfil no Youtube, no Facebook e no Instagram para fazer a comunicação digital. A partir de então, o grupo se reúne semanalmente, discute os temas, depois os integrantes preparam os vídeos e postagens, que passam por revisão e são finalmente publicados nas plataformas.
Em 2022, quando as atividades presenciais escolares foram retomadas, os integrantes passaram a realizar também trabalhos presenciais de conscientização e implementação de coleta seletiva nas escolas Criativa Idade, Escola Padrão e na Escola Municipal José Avelino de Melo. Junto aos estudantes, o grupo promove uma dinâmica de apresentação de materiais recicláveis e não recicláveis. “Ao apresentar os materiais abre-se uma porta para discutir com os alunos sobre os impactos ambientais dos diferentes materiais”, comentou.
Na sequência, os participantes do projeto aprendem como separar e destinar o lixo corretamente, o que permite discutir a função e a importância das associações de catadores para a sociedade e para o meio ambiente. De acordo com o coordenador, os cerca de 60 estudantes das escolas, que participam do projeto, passam a conhecer a agenda de coleta seletiva municipal, bem como quem a realiza e a destinação dos materiais às cooperativas e associações.
Segundo o professor Luiz Felipe Turci, na etapa da dinâmica de separação dos resíduos, realizada junto aos estudantes das escolas, é possível identificar se as lixeiras estão sendo corretamente usadas e caso não, o que pode estar dificultando o processo. “Essa etapa evidencia aos alunos a falta de separação de resíduos na escola, seja por falta de informação, conscientização ou infraestrutura adequada”, explicou o professor, informando que após o conhecimento da geração de resíduos nas escolas e da identificação, inicia-se o trabalho de conscientização dos professores, funcionários administrativos, e demais estudantes, com visitas nas salas.
“Trabalhamos com alunos desde a pré-escola até o ensino médio. Alarma-nos o fato que tanto os alunos quanto os professores pouco conhecem sobre a temática de gestão de resíduos sólidos urbanos. Contudo, de forma positiva, é interessantíssimo notar o engajamento das crianças até o ensino fundamental I”, salientou.
No que se refere à contribuição do projeto para os universitários, o coordenador fala da oportunidade de aperfeiçoamento na utilização das ferramentas digitais e também em relação às questões ambientais. “A participação dos discentes no projeto proporciona o aprendizado e o aprimoramento do uso de ferramentas de criação digital e edição de vídeos, além de promover a autonomia, e principalmente, trazer luz às questões da gestão dos resíduos sólidos urbanos desconhecidas pelo população e por eles mesmos”, concluiu o professor da UNIFAL-MG.
Acesse o perfil do projeto Canal Vida sem Lixo nas redes sociais:
Instagram: @vida.sem.lixo
YouTube: @vidasemlixo
Facebook: facebook.com/vida.do.lixo
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Alfenas.
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