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UFU desenvolve dispositivo capaz de converter glicerol em produto de maior valor
Estima-se que, a cada 1000 quilos de biocombustíveis líquidos produzidos, como bioetanol e biodiesel, pelo menos 100 quilos de glicerol são gerados como resíduo industrial. O volume do glicerol produzido atualmente é maior do que o mercado é capaz de absorver, fator que faz com que seu valor seja baixo.
A maioria das indústrias acaba queimando a substância. De forma a encontrar uma solução para esse problema, o químico industrial Lucas Nascimento desenvolve estudos com o objetivo de converter o glicerol em produtos químicos de maior valor financeiro.
Na pesquisa de mestrado pelo Programa de Pós-graduação em Química da Universidade Federal de Uberlândia (PPGQ/UFU), Lucas Nascimento criou um dispositivo fotoeletroquímico capaz de converter o glicerol em ácido fórmico e ainda produzir hidrogênio no processo.
De acordo com o pesquisador, o ácido fórmico é um reagente químico importante e tem valor de mercado cerca de 300 vezes superior ao do glicerol. Já o hidrogênio é um combustível verde, cujo consumo não gera a emissão de nenhum poluente.
“Os dispositivos fotoeletroquímicos aliam o uso de eletricidade à conversão de energia solar para promover reações químicas. A principal vantagem desses dispositivos é que o consumo de eletricidade é reduzido devido ao aproveitamento da energia solar”, explicou o pesquisador.
Para Lucas Nascimento, como o Brasil é líder mundial na produção de bioetanol e só fica atrás da Europa na produção e consumo de biodiesel, a valorização do glicerol pode aumentar a rentabilidade da produção desses biocombustíveis e torná-los competitivos frente aos combustíveis fósseis.
O pesquisador desenvolveu sua pesquisa no Laboratório de Fotoquímica e Ciência de Materiais (LAFOT-CM), sob orientação do professor Dr. Antonio Patrocinio e coorientação da professora Dra. Juliane Zacour Marinho.
Acesse a notícia completa no Portal Comunica UFU.
Fonte: Julia Alvarenga, Portal Comunica UFU.
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