Destaque

UFSC desenvolve base técnica de programa nacional para etiquetagem de eficiência energética em edificações

Fonte

UFSC | Universidade Federal de Santa Catarina

Data

sábado, 11 dezembro 2021 10:50

Em um mundo pautado pela sustentabilidade, a busca por soluções cotidianas que apresentem eficiência energética torna-se fundamental. O uso eficiente da energia elétrica, por exemplo, pode gerar redução nas despesas e nos impactos sobre o meio ambiente. As famosas etiquetas de consumo de energia elétrica presentes em quase todos os eletrodomésticos da linha branca produzidos no Brasil têm um similar para as edificações. A Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) aplicada às construções é chamada de etiqueta PBE Edifica, faz parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e foi desenvolvida em parceria entre o Inmetro e o Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações (Procel Edifica).

O Programa promove o uso racional da energia elétrica de forma a incentivar a conservação e o uso eficiente dos recursos naturais (água, luz, ventilação etc.) nas edificações, diminuindo os desperdícios e os efeitos sobre o meio ambiente. Atualmente, o consumo de energia elétrica nas edificações corresponde a cerca de 45% do consumo faturado no país. Porém, estima-se um potencial de redução deste consumo em 50% para novas edificações e de 30% para aquelas que promoverem reformas que contemplem os conceitos de eficiência energética em edificações. Instituído em 2003 pela Eletrobras, o Procel Edifica atua de forma conjunta com o Ministério de Minas e Energia, Ministério das Cidades, universidades, centros de pesquisa, entidades das áreas governamental, tecnológica, econômica e de desenvolvimento, além do setor de construção civil.

O Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está diretamente envolvido nos estudos técnicos para a etiquetagem dos edifícios. Conforme explicou o Dr. Roberto Lamberts, professor da UFSC e coordenador geral do Laboratório, a criação da Lei de Eficiência Energética ocorreu em 2001 e, a partir de 2004, o LabEEE iniciou o trabalho na linha de edificações. “Começamos a ter convênios com o Procel para operacionalizar as ações determinadas pelo Ministério de Minas e Energia. O lançamento das primeiras etiquetas ocorreu entre 2008 e 2010 e, desde então, estamos trabalhando no aperfeiçoamento do método, culminando esse ano com grandes novidades, uma métrica baseada em consumo de energia primária em sintonia com as tendências internacionais”.

O professor Lamberts avaliou a importância para a Universidade em integrar um projeto deste âmbito: “É fundamental porque a gente ajuda a transferir o conhecimento gerado aqui para uma aplicação de mercado. Então, é uma responsabilidade grande fazer isso, mas é muito interessante para os alunos que estão envolvidos no projeto e para nós, professores. E a função da Universidade é essa mesma: gerar conhecimento para resolver os problemas da sociedade”. O coordenador do LabEEE destacou o cronograma de trabalho para os próximos anos e falou sobre a possível obrigatoriedade da etiquetagem. “Devemos pleitear um novo convênio com a Eletrobras a partir do ano que vem para trabalhar com assuntos que estão pendentes ainda, como a questão de certificação de pessoas para atuar neste mercado e também para dar apoio à compulsoriedade da etiquetagem que está sendo analisada pelo Procel junto com o Ministério. A ideia seria tornar a etiquetagem obrigatória; e nós daríamos apoio para isso”, ressaltou o Dr. Roberto Lamberts.

Acesse a notícia completa na página da UFSC.

Fonte: Maykon Oliveira, Agecom/UFSC.

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