Destaque

UFG integra grupo internacional que monitora impactos das mudanças climáticas na saúde

Fonte

Jornal UFG

Data

domingo, 3 dezembro 2023 12:15

O ano de 2023 caminha para entrar para a história como o mais quente em 125 mil anos, segundo o Copernicus, Programa de Observação da Terra da União Europeia. Um estudo publicado na revista científica Earth System Science Data mostrou que, entre 2013 e 2022, o aquecimento induzido pelo homem atingiu 1,14 oC em média. De acordo com o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), a temperatura média global atualmente está 1,5 oC acima do período pré-industrial.

As evidências científicas da emergência climática se acumulam na velocidade de seus efeitos. Os impactos ao meio ambiente envolvem derretimento das calotas polares, aumento do nível dos oceanos, alterações nos ecossistemas e perda de biodiversidade. Também são cada vez mais comuns eventos extremos, como ondas de calor, incêndios florestais e mudanças nos padrões das chuvas que levam a inundações sem precedentes ou secas prolongadas.

A crise está diretamente relacionada à saúde humana. Nesse contexto, a revista científica The Lancet lançou uma iniciativa para monitorar as implicações sanitárias das mudanças climáticas, reunir as melhores evidências científicas sobre o tema e oferecer recomendações a gestores governamentais de países de todo o mundo. O Lancet Countdown (contagem regressiva, em português) é uma colaboração internacional e multidisciplinar que reúne 114 cientistas e profissionais de saúde de 52 instituições e agências da Organização das Nações Unidas (ONU).

A Universidade Federal de Goiás (UFG) está representada no grupo pela Dra. Raquel Santiago, professora da Faculdade de Nutrição. Desde 2021 ela contribui para a elaboração dos relatórios da América do Sul, da América Latina e do Brasil, cujas edições de 2023 devem ser divulgadas ainda este ano.

Recomendações

Nos relatórios do Lancet Countdown, os especialistas elegem alguns indicadores relacionados à relação entre mudanças climáticas e saúde e elaboram recomendações para orientar políticas públicas. A professora da UFG explicou que o relatório brasileiro de 2023 destaca dois pontos: a emissão de gases de efeito estufa pela atividade agrícola e a importância de sistemas alimentares mais sustentáveis para o combate à insegurança alimentar e nutricional.

Segundo a professora Raquel, os eventos climáticos extremos trazem impactos importantes na saúde humana e ambiental. “Além dos impactos nas cadeias de abastecimento, preços de alimentos e perdas econômicas, a mudança climática está aumentando o risco de insegurança alimentar e desnutrição”, alertou.

Isso agrava um contexto que já é alarmante, uma vez que estima-se que 117 milhões de brasileiros estejam em insegurança alimentar, de acordo com o Centro de Estudos, Políticas e Informação sobre Determinantes Sociais da Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Goiás.

Fonte: Luiz Felipe Fernandes, Jornal da UFG.

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