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Tecnologia social auxilia melhoria de vida de comunidades

Uma parceria entre a Comunidade Remanescente de Quilombo Machadinha, no município de Quissamã (RJ), o assentamento Osvaldo de Oliveira, em Macaé (RJ) e o projeto de extensão universitária “Laboratório Interdisciplinar de Tecnologia Social” (Lits/UFRJ/Macaé), por meio da disciplina “Aprendizagem por projetos” dos cursos de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) campus Macaé, permitiu o desenvolvimento de equipamentos e estrutura para a melhoria da produção de alimentos nessas comunidades. O financiamento do projeto vem de recursos do edital Programa de Apoio ao Empreendedorismo de Impacto Socioambiental do Rio de Janeiro, lançado pela FAPERJ no segundo semestre de 2018.

Ao lado dos moradores, o projeto envolveu a construção de uma casa de farinha e de equipamentos no assentamento Osvaldo Oliveira – classificado como Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), modalidade prevista em portaria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A comunidade produz mais de cinco toneladas de aipim por ano, mas uma parte se perdia por conta da dificuldade de distribuição do produto e da perecibilidade do alimento in natura. “A casa de farinha era um projeto que a comunidade já tinha em mente há muito tempo e com a disciplina oferecida, a equipe de professores, estudantes, assentados projetaram a casa e o maquinário. Agora estamos na fase de ajustes”, conta a professora Camila Rolim Laricchia, responsável pelo projeto e professora do Departamento de Engenharia de Produção do campus Macaé da UFRJ. Também fazem parte da coordenação do projeto os professores Dra. Rute Costa, do Departamento de Nutrição e Maurício Oliveira, do Departamento de Engenharia Mecânica, ambos do mesmo campus.

A casa está sendo construída pelos moradores com tijolos ecológicos e a preparação da produção da farinha para venda está sendo acompanhada pela equipe de professoras e estudantes do curso de Nutrição, integrantes do projeto, para que esteja adequada com as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Tanto no assentamento em Macaé, quanto na comunidade quilombola, a proposta é desenvolver tecnologia social de baixo custo e que possa ser manuseada coletivamente.

No assentamento Osvaldo de Oliveira foi preciso encontrar uma maneira de gerar energia diante da ausência de energia elétrica na área destinada à casa de farinha. A solução encontrada foi construir um triturador de aipim movido à pedaladas de bicicleta. Já em Machadinha, a proposta de fazer uma horta comunitária esbarrou na dificuldade do acesso à água. Nesse caso, o primeiro passo foi a construção de um poço artesiano, não só para permitir a irrigação da horta, como para consumo próprio.

A energia para irrigação na comunidade quilombola virá de uma bomba movida à energia eólica, já construída pelos estudantes da disciplina, e a instalação acontecerá após o término do isolamento social indicado nos protocolos de segurança por conta da pandemia. Também está em processo de decisão coletiva os alimentos que serão plantados na horta em Machadinha, para que o plantio seja realizado assim que as chuvas de verão abrandarem a terra, momento que será possível preparar o solo para receber as sementes.

Acesse a notícia completa na página da FAPERJ.

Fonte: Juliana Passos, FAPERJ.

 

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