Destaque
Técnicas de proteção territorial chegam a 36 terras indígenas na Amazônia
Fonte
IPAM Amazônia | Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia
Data
sexta-feira, 14 junho 2024 17:40
Habilidades de proteção e monitoramento territorial foram fortalecidas entre 401 lideranças originárias que vivem em 17 milhões de hectares de terras indígenas da Amazônia. As táticas fazem parte do curso oferecido pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) em colaboração com organizações indígenas, e seus resultados foram descritos no novo boletim PROTEJA, que divulga resultados de ações e pesquisas em prol da preservação de áreas protegidas.
No curso, as lideranças entram em contato com novas tecnologias de vigilância territorial, como o SOMAI-ACI (Sistema de Monitoramento da Amazônia Indígena – aplicativo Alerta Clima Indígena), integrando seus conhecimentos milenares com pesquisas científicas.
Ray Pinheiro, instrutor do curso e pesquisador do IPAM, explicou como a formação acontece: “Os cursos são pensados para fortalecer e valorizar o que já é feito tradicionalmente, unindo as tecnologias indígenas com geotecnologias não-indígenas. O SOMAI-ACI ajuda a sistematizar e manter a memória do que está sendo observado nos territórios, tanto no caso de denúncias quanto para potencialidades culturais, socioambientais e econômicas”.
João Reis, indígena pertencente ao povo Guajajara, participou do curso em fevereiro deste ano. Ao aprender a usar as ferramentas de geolocalização, ficou surpreso ao descobrir que havia cinco CARs (Cadastros de Ambiental Rural) sobrepostos à terra indígena Caru, onde vive e atua como brigadista.
Organizações fortalecidas
Além de minimizar as ameaças como o fogo e a invasão de terras, Vanessa Apurinã, gerente de Monitoramento Territorial Indígena da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia), destacou que a iniciativa é uma forma de potencializar o trabalho das organizações indígenas: “O curso promove a valorização do conhecimento tradicional, integrando-o com técnicas modernas de monitoramento, o que fortalece nossa luta pela preservação do território e dos direitos indígenas. Essa formação é uma ferramenta poderosa para empoderar as comunidades e garantir a proteção do nosso patrimônio cultural e ambiental”.
Acesse a notícia completa na página do IPAM.
Fonte: Karina Custódio, IPAM.
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