Destaque

Segundo estudo internacional, metade das árvores tropicais replantadas não sobrevivem

Fonte

Universidade de Aberdeen

Data

quinta-feira, 17 novembro 2022 07:40

Em média, cerca de metade das árvores plantadas em esforços de restauração de florestas tropicais e subtropicais não sobrevivem mais de cinco anos, mas há uma enorme variação nos resultados, segundo uma nova pesquisa.

O estudo, uma colaboração internacional envolvendo cientistas de 29 universidades e centros de pesquisa, incluindo a Universidade de Aberdeen, no Reino Unido, analisou dados de sobrevivência e crescimento de árvores de 176 locais de restauração na Ásia tropical e subtropical, onde as florestas naturais sofreram degradação. A equipe descobriu que, em média, 18% das mudas plantadas morreram no primeiro ano, subindo para 44% após cinco anos. No entanto, as taxas de sobrevivência variaram muito entre locais e espécies, com alguns locais vendo mais de 80% das árvores ainda vivas após cinco anos, enquanto em outros uma porcentagem semelhante havia morrido.

Os resultados foram publicados na revista científica Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences.

A restauração florestal é uma ferramenta poderosa para combater a perda de biodiversidade e as mudanças climáticas, bloqueando o carbono e apoiando habitats importantes. Projetos de reflorestamento também são amplamente utilizados para compensação de carbono. Embora a principal medida usada em muitos projetos seja o número de árvores inicialmente plantadas, a pesquisa mostra que muitas dessas árvores não sobrevivem em longo prazo. Em alguns locais, as taxas de sobrevivência foram altas, mostrando que, com a abordagem correta, a restauração tem potencial para ser bem-sucedida.

Cerca de 15% das florestas tropicais do mundo são encontradas no sudeste da Ásia e estão entre as mais densas em carbono e ricas em espécies do mundo, fornecendo habitat para tigres, primatas e elefantes. No entanto, nas últimas décadas, a região também sofreu um grande desmatamento, com uma redução da cobertura florestal estimada em 32 milhões de hectares entre 1990 e 2010.

A região tornou-se, portanto, um importante foco de projetos de restauração florestal. A pesquisa é a primeira a reunir dados para avaliar os resultados de longo prazo dos projetos de restauração.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Aberdeen (em inglês).

Fonte: Catherine Shanks, Universidade de Aberdeen.

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