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Projeto transforma canetas de insulina usadas em canetas esferográficas
Há cerca de cinco anos, a Universidade Federal de Sergipe (UFS) patenteou a desmontagem da caneta de insulina e a posterior criação da caneta de insulina reciclável e esferográfica. Antes, as canetas já utilizadas eram devolvidas ao Centro de Atenção à Saúde de Sergipe (Case) para descarte, mas agora passam por um processo de reciclagem e são transformadas em canetas esferográficas.
A iniciativa, denominada ‘Insulinadiamor’, é uma parceria entre a UFS e as secretarias de Estado da Saúde (SES) e da Justiça (Sejuc) de Sergipe. De acordo com o Dr. Lysandro Borges, professor do Departamento de Farmácia da UFS, que está à frente do projeto, a ideia da desmontagem da caneta de insulina e a sua transformação em caneta reciclável, esferográfica, surgiu por meio de pacientes que faziam esse artesanato para que a caneta usada se tornasse algo útil.
Preservação
“Pegamos a ideia dos pacientes, melhoramos, patenteamos na universidade e levamos para o serviço dos dois consultórios farmacêuticos que temos no Case, para que lá pudéssemos recepcionar as canetas usadas, desmontá-las e transformá-las em caneta reciclável. O retorno da venda dessas canetas é revertido para a aquisição de agulhas das canetas de insulina. Essa parceria foi firmada com o estado esse ano, por enquanto informalmente”, explicou o professor Lysandro.
“Já que é um projeto com reciclagem, há uma preservação ambiental, há uma economicidade, pois o dinheiro que o estado gastaria pra incinerar ou para destinar esse lixo não é mais utilizado, então pode ser destinado a outras coisas; além do aspecto social, já que essas canetas estão sendo desmontadas e montadas por internas do Presídio Feminino”, detalhou o professor Lysandro.
O secretário de Estado da Saúde também destacou a importância do projeto para o processo de ressocialização e para o meio ambiente: “Ficamos felizes em fazer parte do ‘Insulinadiamor’. Temos um volume expressivo de canetas usadas, porque os pacientes precisam devolvê-las para pegar as novas”.
Ressocialização
Com a concretização dessa iniciativa, as internas do Presídio Feminino realizam o trabalho de desmontar a parte interna da caneta e colocar a carga de uma caneta esferográfica. O trabalho, além de minimizar os danos ambientais, tem como objetivo ressocializar pessoas privadas de liberdade. Duas mulheres realizam o processo de reciclagem e, a cada três dias trabalhados, é reduzido um dia na pena.
O professor Lysandro explicou como funciona esse processo. “A desmontagem da caneta de insulina consiste na retirada da estrutura de vidro que armazena a insulina, podendo receber a carga de uma caneta que será fixada na ponta com cola quente. O adesivo original da empresa é retirado e colocamos o adesivo do projeto. Toda a desmontagem leva cerca de um minuto, deixando a caneta pronta para o uso. Quando acaba a carga, essa carga pode ser substituída novamente, ou seja, a caneta fica sendo usada até a sua deterioração, porque a carga pode ser trocada quantas vezes forem necessárias”, concluiu o professor Lysandro Borges.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Sergipe.
Fonte: Ascom UFS.
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