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Projeto ‘Óleo no Futuro’: óleo de cozinha vira combustível renovável em Juiz de Fora
O óleo de cozinha está presente em grande parte dos lares brasileiros, visto que é ingrediente essencial para fritar comidas e fazer receita de alimentos assados e refogados. Menos conhecido do que suas utilidades, no entanto, é o prejuízo que o descarte inadequado do óleo causa ao meio-ambiente: só um litro dele pode contaminar 25 mil litros de água potável, além de danificar o solo irrigado pela mesma.
Cientes da urgência em criar alternativas sustentáveis para o descarte do óleo usado de cozinha, pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) uniram-se à empresa britânica Green Fuels, à Prefeitura de Juiz de Fora e a cinco associações de catadores de recicláveis da cidade para fundar o projeto ‘Óleo no futuro‘. A iniciativa viabiliza que óleos e gorduras residuais usados nas casas de Juiz de Fora e região sejam transformados em biocombustível, ou seja, combustível renovável. Além de impedir a contaminação da água e do solo, o projeto também apresenta uma opção que substitui o uso de combustíveis fósseis, um dos maiores responsáveis pela geração de gases poluentes à atmosfera terrestre.
“De um lado, temos combustíveis como a gasolina e o diesel, diretamente relacionados à emissão de gases de efeito estufa e ao aquecimento global – que, por sua vez, traz catástrofes no mundo inteiro, como visto recentemente, com o aumento da temperatura média global. O mundo precisa acordar, precisamos concretizar alternativas. E esse é o nosso projeto em resposta a isso”, definiu o Dr. Adilson David da Silva, professor e pesquisador da UFJF e coordenador do Projeto Plataforma de Biodiesel da Zona da Mata. “O ‘Óleo no futuro’ atende ao tripé necessário para classificar um projeto como sustentável: o ambiental, o econômico e o social.”
Parceria internacional com potencial para ainda mais avanços
O biodiesel fabricado pelo projeto será utilizado para abastecer veículos na cidade; os primeiros a recebê-lo serão os da Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanidades (Empav) e da UFJF. A fabricação ocorre na usina de processamento Fuelmatic GSX3, produzida pela Green Fuels e cedida de forma não onerosa pelo Prosperity Fund do governo britânico. O equipamento está instalado no Centro Integrado de Ensino, Pesquisa, Extensão, Transferência de Tecnologia e Cultura (Cieptec-UFJF Norte).
De acordo com Manuel Luis Thompson-Flôres, diretor executivo (CEO) da Green Fuels para a América Latina, a parceria com a UFJF e a cidade de Juiz de Fora tem potencial para gerar biocombustíveis ainda mais avançados. “Os próximos desafios são colocar o projeto em escala comercial e demonstrar que é comercialmente viável a produção de biocombustíveis e a geração de energia distribuída. Também temos a expectativa de firmar um acordo para a instalação de uma planta da empresa na cidade, incubando o conceito no Cieptec-UFJF Norte, abrindo portas para novos equipamentos e tecnologias, e contribuindo para a transição ecológica necessária para a produção de energia limpa.”
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Juiz de Fora.
Fonte: UFJF.
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