Destaque

Projeto investe em energia limpa a partir da produção de hidrogênio e metano da fécula de mandioca

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

quarta-feira, 17 novembro 2021 07:20

O Paraná é o principal produtor brasileiro de fécula de mandioca, com 70% da produção nacional. O produto, derivado da produção de agroindústrias espalhadas principalmente nos polos Noroeste, Oeste e Leste do Estado, é utilizado na indústria de tecido, papel, cola e tintas, e é o tema do projeto de pesquisa “Produção de biohidrogênio e biometano em sistemas combinados acidogênico-metanogênico a partir da água residuária de fecularia de mandioca”. O projeto é vinculado ao Centro de Tecnologia e Urbanismo (CTU) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e ao diretório de grupos de pesquisa do CNPq na área de “Engenharia Sanitária”.

Segundo a Dra. Deize Dias Lopes, professora do do Departamento de Construção Civil/CTU e coordenadora do projeto, o grupo começou a trabalhar especificamente com produção de hidrogênio e metano no final de de 2017. “Os estudos envolvendo hidrogênio ainda são bastante iniciais em todo o mundo, mas o metano produzido de efluentes e resíduos da fécula de mandioca já é objeto de estudos e utilizado há algum tempo. Como um carboidrato, com bastante matéria orgânica, produz a água residual que, se bem tratada, pode reduzir o impacto ambiental das indústrias e, ainda, servir de biocombustível”, explicou a professora.

A doutoranda Isabela Bolonhesi, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da UEL na área de Tratamento de Efluentes e Águas Residuais, estuda a geração de bioenergia através desses efluentes. Ela analisa o processo de decomposição anaeróbia da água residual da fécula de mandioca. “A partir desse processo, dividido em duas fases, é possível extrair o biogás proveniente dessa quebra”, completou a doutoranda.

Energia limpa e renovável

Um dos principais pontos da pesquisa é a aposta na produção energética limpa e renovável, especialmente em um contexto em que o País passa por uma crise hídrica e necessita de revisão de sua matriz energética, segundo a pesquisadora. “Em 2020, tivemos no Paraná a geração de 300 mil toneladas de fécula de mandioca. Os efluentes líquidos dessa produção, se transformados em biocombustível, podem gerar até 15 GWh/ano de energia”, afirmou a pesquisadora.

A produção de bioenergia através de gás metano no Brasil ainda é bastante tímida, segundo a pesquisadora. “Temos, em média, uma produção de 0,9% de energia proveniente dessa fonte”, avaliou. “Essa água residuária tratada corretamente tem uma redução da sua carga orgânica e ainda pode gerar um biocombustível. Isso reduz, também, o impacto ambiental do descarte desse efluente na natureza. Mesmo que o resíduo seja corretamente descartado, isso ocupa espaço em um aterro, então é um reaproveitamento total da produção”. A pesquisa de Isabela é realizada no Laboratório de Hidráulica e Saneamento do CTU e em outros laboratórios da Universidade, além dos laboratórios multiusuários.

Acesse a notícia completa na página do Jornal O Perobal, da Agência UEL.

Fonte: Willian C. Fusaro, Agência UEL.

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