Destaque

Plataforma pode acelerar o desenvolvimento de soluções para problemas ambientais

Fonte

Jornal da USP

Data

sábado, 24 julho 2021 10:25

Uma plataforma desenvolvida por pesquisadores de todo o mundo conecta informações de genoma de organismos com os seus produtos do metabolismo, chamados de metabólitos. A iniciativa tem como objetivo facilitar o desenvolvimento de novas soluções para a saúde e o meio ambiente.

O estudo, publicado na revista científica Nature Chemical Biology pela Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, contou com a  participação de pesquisadoras do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP) e abre possibilidade para estudos em diversas áreas. A plataforma, chamada Paired Omics Data Platform, padroniza e conecta dados genômicos, ou seja, genes e vias de biossíntese, e metabolômicos, que são as substâncias produzidas por organismos.

As pesquisadoras Dra. Letícia Lotufo, professora de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, e Dra. Anelize Bauermeister, pós-doutoranda do ICB-USP, que hoje conduz sua pesquisa na Universidade da Califórnia San Diego, nos EUA, trabalharam no projeto fornecendo dados sobre a diversidade brasileira. A plataforma é aberta a todos os pesquisadores que queiram participar e conta com informações sobre organismos de todo o mundo.

Com a Paired Omics Data Platform, torna-se possível conectar, de forma padronizada, o organismo em análise com o que ele é capaz de produzir e apontar se aquilo está sendo produzido de fato.

O branqueamento de corais, por exemplo, pode ser evitado com a utilização da plataforma. Segundo a Dra. Letícia, o coral marinho saudável tem uma assinatura de microrganismos nele.  “Uma comunidade de bactérias faz o coral saudável, assim como a microbiota, na nossa barriga, que faz a gente saudável”, destacou a pesquisadora.

Com os dados de metabolômica, é possível ter uma sinalização de que aquele microbioma, no caso dos corais, não está mais saudável. “Antes do coral mudar a sua composição de bactérias, ou seja, antes do branqueamento, talvez seja possível pensar em alertas do comprometimento da saúde daquele ambiente”, afirmou a Dra. Letícia. A plataforma permite realizar essa conexão entre as características do metaboloma e sua relação com o microbioma do coral.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.

Fonte: Bruna Irala, Jornal da USP.

 

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