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Pesquisas do Inpa apontam que cheia de 2023 em Manaus deve chegar a 28,80m

Fonte

INPA | Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Data

sexta-feira, 9 junho 2023 09:25

A cheia na cidade de Manaus já ultrapassou a cota de inundação (27,50 metros) e pode chegar a 28,80m. É o que apontam os estudos realizados pela Coordenação de Dinâmica Ambiental (Codam) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM). Segundo os dados, a cheia deve atingir algumas ruas da cidade de Manaus, próximas ao rio.

De acordo com Renato Senna, pesquisador do Inpa, as pesquisas que preveem as condições de cheias são importantes para a prevenção das consequências à população. “As nossas pesquisas têm permitido que as consequências das grandes cheias sejam menores. Com a antecipação dos resultados, as ações da Defesa Civil, responsáveis por mitigar esses problemas, podem ser implementadas com antecedência. Hoje a gente já observa a criação das pontes nas obras das cidades. Esse trabalho é feito com alguma antecedência e evita que as pessoas tenham suas casas alagadas para depois tomar uma providência”, destacou o pesquisador.

A Codam atua no monitoramento das chuvas que acontecem em toda a Bacia Hidrográfica Amazônica, abrangendo desde as nascentes próximas ao Equador, Peru e Colômbia,  até a foz, no estado do Pará, onde o Rio Amazonas se encontra com o Oceano Atlântico. Por meio do monitoramento, observou-se que, no final de 2022 e começo de 2023, início da estação chuvosa, as chuvas estavam acima do normal, devido ao fenômeno conhecido como La Niña, que ocorre na superfície do Oceano Pacífico e normalmente intensifica os volumes de chuva na região amazônica.

No entanto, no final de fevereiro e início de março de 2023, esse padrão mudou, o oceano mostrou um padrão de aquecimento dentro dos parâmetros normais e as chuvas foram rapidamente reduzidas, indicando padrões considerados normais, inclusive, para o período de cheias.

De acordo com Renato Senna, há diversos fatores que colaboram para esse desordenamento de chuvas, dentre eles a elevação das temperaturas nos oceanos. Essa condição explica as cheias recordes que vêm ocorrendo em intervalos tão curtos. Em apenas 30 anos, já foram registradas aproximadamente oito cheias históricas, no Amazonas, em um intervalo curto comparado aos últimos 120 anos.

“Infelizmente o que nós estamos vendo é o aumento da frequência das grandes cheias, e isso é a consequência do aumento do volume de chuva, se concentrando principalmente na região da Amazônia Ocidental”, concluiu o pesquisador.

Acesse a notícia completa na página do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.

Fonte: Inpa/MCTI.

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