Destaque
Pesquisadores investigam danos ecológicos em áreas atingidas por contaminações
Uma dupla de professores do campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está investigando riscos ecológicos de áreas contaminadas de Norte a Sul do país a pedido de empresas de consultoria, do ramo de exploração de óleo e gás e de mineração. Os professores e pesquisadores Dra. Júlia Carina Niemeyer e Dr. Alexandre Siminski avaliam dados, elaboram relatórios técnicos, preparam e treinam profissionais com o objetivo de evitar ou mitigar prejuízos ambientais e sociais.
“Buscamos auxiliar as empresas na tomada de decisão sobre áreas contaminadas de forma objetiva e eficiente, cumprindo a legislação vigente e seguindo os procedimentos normatizados”, explicou a Dra. Júlia Carina Niemeyer, coordenadora do projeto e professora do Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas do Centro de Ciências Rurais, do campus de Curitibanos da UFSC. O projeto tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (FAPEU) na gestão dos recursos. “Ao realizar trabalhos em parceria com a UFSC e a FAPEU, as empresas contam com o trabalho de professores com expertise no tema e com compromisso com a sociedade e com a questão ambiental”, destacou a professora.
Investigação
A avaliação de risco ecológico realizada por eles é um procedimento de investigação recomendado para ser realizado durante o gerenciamento de áreas contaminadas, quando um ambiente é alvo de desastres ambientais. A ação é necessária porque um evento do gênero no solo ou na água pode afetar a vida dos ecossistemas, reduzindo o número de espécies e, consequentemente, comprometendo as funções ecológicas e de manutenção da biodiversidade local.
O procedimento é mencionado como necessário pela Resolução 420/2009 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que “dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas”. Especificamente para o Estado de São Paulo, a Companhia Ambiental do Estado de SP (Cetesb) publicou em 2022 uma Norma Técnica estabelecendo procedimentos para orientar este tipo de análise.
No último ano, os professores do campus de Curitibanos da UFSC participaram de estudos de casos envolvendo áreas contaminadas por tombamento de caminhão de combustível em uma Unidade de Conservação, vazamento de combustível de oleoduto em Área de Preservação Permanente e em áreas atingidas por rompimento de barragem de rejeito de mineração. “Nossa participação nestas atividades pode envolver desde o planejamento das amostragens e análises, interpretação de resultados, revisão de documentos e consultoria técnica até a realização de levantamentos biológicos ou de ensaios de ecotoxicidade”, ressaltou a professora Júlia.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: UFSC e Revista da FAPEU.
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