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Pesquisadores da UnB monitoram avanço da lama no rio Paraopeba

Fonte

UnB | Universidade de Brasília

Data

sexta-feira, 8 fevereiro 2019 11:55

Integrantes do grupo de pesquisa Aquasense, ligado ao Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (IG-UnB), viajam no último dia 7 de fevereiro para a região de Brumadinho, em Minas Gerais. No local onde há duas semanas uma barragem de rejeitos de mineração rompeu-se e causou impactos socioambientais, os estudiosos irão coletar amostras de água e de sedimentos no curso do rio Paraopeba. Após o desastre, a bacia recebeu 12 milhões de metros cúbicos de lama: impacto para a biodiversidade fluvial e para as comunidades ribeirinhas.

“O aumento da quantidade de sedimentos no rio muda suas condições ecológicas. Isso pode comprometer a vida aquática, mas principalmente a extração de água para consumo humano das cidades que usam o rio como fonte de abastecimento”, diagnostica o Dr. Henrique Roig, professor do IG-UnB e pesquisador do Aquasense. Desde o dia 28 de janeiro, o grupo tem subsidiado a Agência Nacional de Águas (ANA) com informações sobre o deslocamento da onda de lama pelo rio Paraopeba. Os dados são obtidos a partir da análise de leituras feitas por satélites.

“Temos um termo de cooperação, com o objetivo de subsidiar a ANA com várias técnicas que permitam um diagnóstico ambiental e das condições de qualidade da água. Isso facilita o processo de tomada de decisão do órgão”, explica o Dr. Henrique Roig. Uma das principais preocupações dos cientistas é o aumento significativo da turbidez e da concentração de sedimentos em alguns trechos do rio. Esses critérios são empregados como indicadores da qualidade da água. Em Brumadinho, dados processados a partir de imagens de satélites apontaram evolução da concentração de sedimentos de 250 mg/L, no dia 22 de janeiro, para 500 mg/L, em 30 do mesmo mês – cinco dias após o acidente.

Os satélites que monitoram o avanço da lama de rejeitos são Sentinel 2 e Landsat 8, desenvolvidos pelas agências espaciais Europeia (ESA) e Americana (Nasa), respectivamente. As informações processadas também são direcionadas a um sistema de difusão cartográfico on-line operado pela ANA, o Hidrosat. Desenvolvida pelo Instituto francês de Pesquisa para o Desenvolvimento (IRD), a plataforma integra ferramentas para o processamento dos dados de satélite e modelagem matemática.

“Essa é uma metodologia de ponta, porque ninguém faz isso no mundo. Sim, imagens de satélite já existem, mas um produto de informação que vai fornecer dados como concentração e turbidez da água e que vai ser diretamente utilizado por um usuário ou uma agência, isso não existia até então. Nós estamos fazendo”, diferencia o Dr. Jean-Michel Martinez, colaborador no Programa de Pós-Graduação em Geociências Aplicadas e Geodinâmica da UnB e pesquisador do IRD, parceiro do Aquasense no levantamento.

Acesse a notícia completa na página da UnB.

Fonte: Serena Veloso, Secom/UnB. Imagem: Beto Monteiro, Secom UnB.

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