Destaque

Pesquisadores da Ufopa descobrem três novas espécies de peixes na Amazônia e Cerrado

Fonte

Ufopa | Universidade Federal do Oeste do Pará

Data

quarta-feira, 28 outubro 2020 06:40

Bagre, piaba e acari são nomes de peixes bem conhecidos popularmente. Eles denominam grupos que apresentam uma grande diversidade de espécies, algumas ainda não descobertas pela ciência. Pesquisadores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), em parceria com colegas pesquisadores de outras instituições, conseguiram reconhecer novas espécies desses peixes nas bacias dos rios Tapajós e Tocantins, nos estados do Pará e Tocantins.

Duas das espécies novas foram descobertas no rio Cupari, afluente do rio Tapajós, no município de Rurópolis, na porção oeste do Pará. O acari Hypostomus labyrinthus e a piaba Knodus cupariensis se destacam pela coloração peculiar em relação às demais espécies de seus respectivos gêneros.

Hypostomus labyrinthus foi encontrado em ambientes de fundo rochoso no Cupari e rios menores que desaguam nele. O padrão único de colorido entre os acaris, que lembra um labirinto, remete ao nome da espécie, mas essa não é a única característica sua que chama a atenção: “A espécie pertence a um grupo de acaris nomeado de Cochliodon. Esse grupo é evolutivamente notável por seus membros possuírem dentes grandes e em forma de colher, que funcionam como uma ferramenta elaborada para raspar madeira”, explicou o Dr. Frank Raynner Ribeiro, professor do Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) da Ufopa, que participou dos estudos.

De acordo com os pesquisadores, Knodus cupariensis parece ocorrer exclusivamente no rio Cupari, por isso ganhou o nome que faz referência ao local. Com um colorido que varia entre tons de marrom e amarelo, é a terceira espécie do gênero a ser registrada no Cupari, uma área ainda pouco investigada pelos pesquisadores e que pode ter várias espécies endêmicas, isto é, encontradas somente ali.

São descobertas recentes que já exigem certa preocupação. Apesar de parte do rio Cupari estar dentro de uma área protegida, a Floresta Nacional do Tapajós, há áreas de sua drenagem intensamente afetadas pelo desmatamento, o que compromete significativamente a qualidade de suas águas e, assim, as espécies existentes ali. Com quase 42 km de extensão, o rio também é ameaçado pela construção de 13 usinas hidrelétricas, como esclarece o professor: “As barragens de usinas hidrelétricas interrompem o fluxo natural do rio e fragmentam o ambiente aquático. Essas alterações provocam modificações no habitat e impedem o deslocamento de espécies de peixes”.

Acesse a notícia completa na página da Ufopa.

Fonte: Comunicação/Ufopa.

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