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Pesquisa investiga compostabilidade de sacolas feitas de bagaço de malte
Sacolas feitas de bagaço de malte. Essa foi uma das 22 pesquisas vencedoras do Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (Sicite), realizado em novembro no Campus Ponta Grossa da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). O projeto ‘Compostabilidade de biopolímeros’ analisou diferentes filmes biodegradáveis feitos de bagaço de malte em processo de compostagem e foi desenvolvido por Ane Louise Dionizio Mendes e Caroline Arisa Goto, alunas de Engenharia Ambiental e Sanitária do Campus Londrina da UTFPR, sob orientação da professora Dra. Tatiane Cristina Dal Bosco.
As pesquisas passaram a contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar: o desenvolvimento dos filmes foi feito por pesquisadores coordenados pela professora Dra. Marianne Ayumi Shirai e o monitoramento do processo de compostagem de modo automatizado, com dados de temperatura obtidos a cada 15 minutos, a partir de uma parceria com o Dr. Roger Nabeyama Michels, professor de Engenharia Mecânica.
Segundo a professora Marianne, esses filmes podem ser utilizados, por exemplo, para produção de sacolas visando transportar objetos não perfurantes. “A vantagem com relação aos filmes sintéticos tradicionais é que está utilizando subprodutos da indústria de alimentos como o bagaço de malte, coletado de uma cervejaria, e a farinha de trigo, extraída de trigo fora de padrão desejado pela indústria de panificação e de descarte. Somado a este fato, conseguimos produzir esses filmes biodegradáveis em equipamentos (extrusoras) geralmente empregada na produção de filmes convencionais, mostrando-se como uma alternativa sustentável”, completou.
A idealização do projeto começou com o trabalho de conclusão de curso de Isabella Cristina Santos Silva, estudante do curso de Tecnologia em Alimentos da UTFPR, com a orientação da professora Marianne. O projeto ainda contou com a parceria do grupo de pesquisa sobre materiais biodegradáveis (Polibiotec) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a sua compostabilidade foi testada pela equipe de Engenharia Ambiental e Sanitária, coordenados pela professora Tatiane.
De acordo com a Dra. Tatiane Dal Bosco, foi observada uma boa descaracterização dos biopolímeros feitos com bagaço de malte, apresentando-se com aspecto mais fino e quebradiço e reduções de massa superiores a 50%, ao final do experimento. Em relação ao desempenho da compostagem, houve boa redução de volume, superando os 40%. “Assim, mostra-se que o processo de compostagem pode ser uma solução para a problemática do descarte inadequado dos resíduos sólidos orgânicos e dos biopolímeros, em substituição aos plásticos convencionais”, finalizou a professora.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
Fonte: UTFPR.
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