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Pesquisa estuda avaliação de risco de agrotóxicos para abelhas nativas
Em diversos países, a avaliação de risco de agrotóxicos sobre insetos polinizadores é baseada em testes feitos com a espécie Apis mellifera, mundialmente utilizada para tal fim em razão de sua ampla distribuição, de ser bem conhecida do ponto de vista biológico e da possibilidade de ser manejada em laboratório.
No Brasil, não é diferente. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) também se baseia nos testes com Apis mellifera para realizar a avaliação de risco ambiental de agrotóxicos. Entretanto, há um movimento internacional por parte dos cientistas para olhar não apenas a Apis, mas também as “não-Apis”.
Os pesquisadores Osmar Malaspina, da Unesp Rio Claro, e Roberta Nocelli, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Araras coordenam o grupo de trabalho que está desenvolvendo métodos para testes de toxicidade em abelhas nativas brasileiras junto à Comissão Internacional para Relações Plantas-Polinizadores (International Commission for Plant-Pollinator Relationships ¿ ICPPR), iniciativa que busca promover e coordenar pesquisas sobre as relações entre plantas e abelhas.
Projeto no Brasil
Os dois pesquisadores também atuam na coordenação geral do projeto Avaliação de ecotoxicidade de agrotóxicos para espécies nativas selecionadas. O estudo é um dos selecionados por meio da Chamada Pública nº32/2017 do CNPq e financiados em parceria entre CNPq, IBAMA, Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e A.B.E.L.H.A..
Em 2015, foi criado um Grupo Técnico de Trabalho (GTT), coordenado pelo IBAMA e com representantes da Academia, da Embrapa, da Indústria e do Ministério do Meio Ambiente. Ao longo de dois anos, o GTT conseguiu definir uma série de lacunas de conhecimento, cujas respostas são essenciais para o avanço nos procedimentos da avaliação de risco para os polinizadores.
O processo, ressalta o pesquisador, evidenciou a necessidade de investimento em pesquisa no Brasil, sobretudo com espécies nativas. “Temos que conhecê-las melhor para poder conservá-las e, para tanto, é essencial entender o que ocorre no campo”.
Acesse o conteúdo completo na página do CNPq.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social do CNPq. Imagem: Divulgação.
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