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Pesquisa da Faculdade de Engenharia da UERJ avalia comportamento de microalgas no espaço e suas aplicações biotecnológicas

Fonte

UERJ | Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Data

quinta-feira, 6 junho 2024 16:35

Nos próximos anos, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) vai explorar uma das mais instigantes fronteiras do conhecimento: o espaço sideral. Uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Engenharia vem se preparando para embarcar um minissatélite contendo microalgas no veículo de sondagem brasileiro VSB-30, um tipo de foguete espacial, com lançamento previsto para 2026.

Em dezembro de 2023, o projeto ‘Microalgas em microgravidade: adaptabilidade em altas altitudes e aplicações biotecnológicas‘, desenvolvido em parceria com o Laboratório de Biotecnologia de Microalgas do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), foi um dos 13 selecionados no 6º Anúncio de Oportunidade da Agência Espacial Brasileira (AEB). A iniciativa da autarquia federal visa financiar e prover suporte técnico a diversos estudos nacionais inovadores, contribuindo assim para o avanço da ciência.

Na UERJ, a pesquisa dedicada às microalgas teve início em 2018quando integrantes do Departamento de Engenharia Sanitária e Meio Ambiente da FEN começaram a colaborar com o Grupo de Foguetes do Rio de Janeiro (GFRJ), um projeto de extensão da mesma faculdade, liderado pelo professor Dr. Gil Pinheiro. A princípio, o objetivo era monitorar remotamente o crescimento de algas cultiváveis. A partir da experiência adquirida nessa primeira fase e aproveitando o conhecimento do GFRJ em projetar, fabricar, testar e lançar foguetes e satélites, a iniciativa evoluiu para investigar o comportamento das microalgas em baixa gravidade, buscando estimular a produção de metabólitos de interesse biotecnológico e econômico.

A Dra. Lia Teixeira, bióloga, professora e coordenadora do projeto na UERJ, destacou a importância desse tipo de pesquisa para a astrobiologia, campo científico interdisciplinar que estuda o surgimento, evolução, futuro e distribuição da vida no universo. “Os microrganismos, como as microalgas que se adaptam a condições extremas, são modelos de estudo para compreensão tanto da origem da vida na Terra quanto das possibilidades de ela existir em outros pontos do cosmos, mesmo aqueles mais hostis do que, por exemplo, um iceberg ou o deserto do Atacama, o lugar mais seco do mundo”, afirmou.

Os cientistas analisam, por exemplo, como a biologia celular funciona em uma gravidade diferente daquela à qual estamos acostumados em nosso planeta, bem como outros fatores que, em tese, parecem estar fora da faixa de normalidade para a vida, como a radiação e a baixa disponibilidade de água. “Ao testar essas condições, podemos montar um grande quebra-cabeça que nos ajudará a entender as possibilidades de vida”, explicou.

Além disso, os conhecimentos obtidos sobre os microrganismos são valiosos para o desenvolvimento de novos produtos e processos. “Quando uma célula é submetida a uma condição de cultivo específica, como a microgravidade, ela provavelmente vai apresentar metabólitos diferentes, que podem ser transformados em produtos biotecnológicos, como por exemplo uma proteína com ação enzimática útil para a indústria farmacêutica ou cosmética”, explicou a professora Lia Teixeira.

Acesse a notícia completa na página da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Fonte: Diretoria de Comunicação da UERJ.

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