Destaque

Pesquisa analisa índices de cádmio e chumbo na erva-mate

Fonte

UFPR | Universidade Federal do Paraná

Data

sábado, 6 março 2021 06:45

A erva-mate (Ilex paraguariensis) é tradicionalmente usada no preparo do chimarrão e tereré, mas vem sendo utilizada também na indústria de alimentos, cosméticos e fármacos. Recentemente, houve preocupação com os teores de cádmio (Cd) e chumbo (Pb) em produtos à base de erva-mate, com suspeitas de que estaria ocorrendo contaminação com esses dois metais potencialmente tóxicos.

Esse cenário motivou pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) a estudar os teores naturais de cádmio e chumbo em folhas de erva-mate nas principais regiões produtoras da América do Sul, com apoio dos Sindicatos da Indústria do Mate (SINDIMATE) do estado do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Os resultados da pesquisa foram publicados na revista científica Journal of Food Composition and Analysis. O Dr. Antônio Carlos Vargas Motta, professor do Departamento de Solos e Engenharia Agrícola da UFPR, liderou o estudo, que também contou com a participação do doutorando Ederlan Magri (também produtor de erva-mate) e de pesquisadores do Departamento de Química da UFPR, da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais (IF SUDESTE MG), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade de Brasília (UnB).

“Um fato que nos motivou foi que os valores apontados pela Anvisa como aceitáveis são muito abaixo do que a natureza provê. Com essa pesquisa, conseguimos demonstrar que é preciso readequar a lei”, explicou o professor Motta. Enquanto a legislação prevê índices de 0,4 mg por kg para o cádmio e 0,6 mg por quilo para o chumbo, a pesquisa demonstrou na natureza esses valores ficam em 1,0 mg e 1,5 mg respectivamente, sem prejuízo à saúde humana, uma vez que há baixa hidrossolubilidade dos elementos. “Isso não é uma contaminação, pois a erva mate tem como característica acumular metais”, disse Ederlan Magri.  O resultado foi encaminhado para a Câmara Técnica de Erva Mate do Ministério da Agricultura, sugerindo essa readequação.

Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da UFPR.

Fonte: Simone Meirelles, UFPR.

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