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Novo centro da FAPESP tem a missão de reduzir emissões e aumentar o sequestro de carbono na agricultura
Reduzir as emissões e aumentar o sequestro de gases do efeito estufa na agricultura, ao mesmo tempo em que se aumenta a produtividade de alimentos, fibras e energia. Este é o desafio do novo Centro de Pesquisa de Carbono em Agricultura Tropical (CCarbon), sediado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba.
O CCarbon é um dos cinco novos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciados em março, selecionados entre 38 projetos submetidos à chamada lançada em 2021.
“Além da qualidade das pesquisas já realizadas aqui, pesou para a escolha dessa proposta a pertinência do tema, num momento em que estamos caminhando para a transição verde, ao lado da transição digital”, disse o Dr. Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP, durante cerimônia solene realizada na Esalq-USP.
O Dr. Carlos Eduardo Pellegrino Cerri, diretor do CCarbon, lembrou que cerca de 20% das emissões globais de gases do efeito estufa são decorrentes da agricultura. No Brasil, porém, essa parcela é de 27%. Isso num contexto em que o país tem uma meta de redução de 37% das emissões até 2025 e de 43% até 2030. “Nos propomos não só reduzir as emissões como a capturar mais carbono, pelo solo. A agricultura, portanto, pode ser parte da solução do problema e o Brasil tem papel fundamental nisso”, explicou o professor da Esalq-USP.
O novo centro, portanto, vai desenvolver soluções inovadoras e estratégias para mitigar as emissões, como definir as melhores práticas de manejo. Segundo o professor Carlos Cerri, as soluções existentes hoje estão, em sua maioria, relacionadas ao clima temperado do hemisfério Norte, não necessariamente servindo para a agricultura tropical praticada no Sul Global.
“Nossa ambição é ser um centro de classe mundial. O que gerarmos aqui possa servir para outros países tropicais e mesmo para os Estados Unidos e a Europa”, resumiu o Dr. Maurício Roberto Cherubin, vice-coordenador geral e diretor de pesquisa do CCarbon.
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Fonte: André Julião, Agência FAPESP.
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