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Na Europa, projeto CARBIOW desenvolverá processos inovadores e sustentáveis para produzir biocombustíveis a partir de resíduos orgânicos com emissões negativas

Fonte

Universidade Maastricht

Data

sexta-feira, 18 novembro 2022 12:55

Carbon Negative Biofuels from Organic Waste (CARBIOW) é um novo projeto de pesquisa e inovação financiado pela Agência Executiva Europeia de Clima, Meio Ambiente e Infraestrutura (CINEA) que aborda a transição verde e a economia circular propondo novas tecnologias que cobrem todo o processo de conversão de orgânicos resíduos para biocombustíveis. O projeto de 42 meses realizou virtualmente sua reunião inicial no último dia 3 de novembro e começou oficialmente a trabalhar em conjunto no planejamento do que será realizado nos próximos meses.

O objetivo do CARBIOW é estabelecer um processo eficiente e escalável para converter a Fração Orgânica de Resíduos Sólidos Municipais (OFMSW) e outros resíduos orgânicos sólidos de difícil utilização em biocombustíveis com os seguintes objetivos principais:

• Estabelecer um novo processo de pré-tratamento da OFMSW, onde um biocombustível sólido mais limpo, denso, rico em carbono, seco e homogêneo é produzido;
• Utilização de oxigênio puro (gás isento de nitrogênio) na combustão e gaseificação para produzir gás de síntese limpo;
• Carbonização de cinzas de gaseificação com CO2 por meio de técnica inovadora de carbonatação para descarbonizar a indústria de cimento e abordar a negatividade do carbono;
• Produção de combustíveis Fischer-Tropsch para a indústria marítima e aeronáutica. Esta última meta terá como foco a produção de álcoois para o setor marítimo e querosene para o setor aeronáutico.

A ambição do CARBIOW é contribuir de perto para os aspectos-chave do desenvolvimento sustentável, transição verde e economia (bio)circular:

• Estabelecer novas técnicas, como a torrefação para pré-tratamento de resíduos orgânicos e produção de biocombustíveis limpos
• Impulsionar o avanço da nova tecnologia em oxi-conversão de biocombustíveis residuais
• Valorizar a OFMSW como fonte confiável, abundante e segura de biomassa e colaborar para estabelecer a verdadeira bioeconomia
• Descarbonizar setores complexos, como aviação e marítimo
• Descarbonizar grandes indústrias, como a de cimento, por meio da fixação de CO2, promovendo técnicas inovadoras e eficientes e geração de novas matérias-primas minerais com pegada de carbono negativa

O consórcio é composto por 12 parceiros espalhados pela Europa: FeyeCon, Universidade Maastricht e Vertoro dos Países Baixos; IVL Svenska Miljoeinstitutet da Suécia; NIC da Eslovênia; Svaheia Eiendom AS da Noruega; Sumitomo SHI FW da Finlândia; Universidade Técnica Darmstadt (TU Darmstadt) da Alemanha; VITO da Bélgica; e Bioplat, Cementos La Cruz, e a líder, Fundación Tecnalia Research & Innovation, da Espanha.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Maastricht (em inglês).

Fonte: Universidade Maastricht.