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Menor impacto ambiental: pesquisadores da UFRJ desenvolvem tinta anti-incrustante para navios
A bioincrustação marinha é um acúmulo de organismos em estruturas molhadas que estejam nos oceanos. O processo acontece em diversas etapas: inicia-se pela adsorção de moléculas orgânicas a uma superfície imersa, como polissacarídeos e proteínas, seguida da adesão de microrganismos, tais como bactérias, cianobactérias e protozoários.
A última etapa caracteriza-se pela formação do biofilme, que permite o desenvolvimento de macro-organismos, como crustáceos e algas. Esse fenômeno acontece tanto em seres vivos, como tartarugas, em pedras e, também, em cascos de embarcações. A aglomeração desses organismos causa impactos profundos na economia, já que aumenta o peso dos navios e os custos com combustível.
No Laboratório de Síntese e Análise de Produtos Estratégicos (LASAPE) do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IQ-UFRJ), o Dr. Cláudio Cerqueira e a Dra. Rosangela Lopes desenvolvem uma solução que pretende diminuir o acúmulo dos organismos nos cascos e, assim, baratear os custos e reduzir o impacto ambiental.
A equipe passou, então, a trabalhar em um produto com essas matérias-primas de baixo custo, sintetizando substâncias eficientes no combate à bioincrustação: as 1-hexadecil-glicerofosfocolinas e as lisolecitinas. Cerqueira explica que o composto produzido auxilia na prevenção do acúmulo relacionado com a formação de cracas em embarcações, plataformas de petróleo, dutos de gás e óleo.
Testes realizados no Smithsonium Environmental Research Center (SERC), nos Estados Unidos, mostraram que as lisolecitinas têm a capacidade de inibir o crescimento de espécies invasoras em águas de lastro de embarcações. A partir desses estudos, os dois pesquisadores da Universidade começaram a realizar experimentos com substâncias presentes em animais marinhos que não apresentam o processo de bioincrustação.
A equipe está agora na fase de buscar maneiras de realizar testes de avaliação taxonômica e ecotoxicológica do biocida.
Acesse a notícia completa na página da UFRJ.
Fonte: Carolina Correia, Conexão UFRJ.
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