Destaque
Medidas eficazes são essenciais para evitar a disseminação de planta invasora no Brasil
Fonte
Embrapa | Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Data
quarta-feira, 13 setembro 2023 19:55
Pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), juntamente com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil (Mapa) e dos EUA alertam que as colhedoras de algodão usadas, importadas dos EUA, são as principais vias de dispersão de sementes do caruru-palmeri (Amaranthus palmeri) no Brasil.
Trata-se de uma planta capaz de causar grandes perdas de produtividade em culturas anuais. Inicialmente, foi detectada no estado do Mato Grosso em 2015 e, posteriormente, encontrada no Mato Grosso do Sul, em 2022.
De acordo com o Dr. Dionísio Gazziero, pesquisador da Embrapa Soja (Londrina/PR), o caruru é uma planta de difícil controle, crescimento agressivo, alta prolificidade e que tem resistência a herbicidas. “Por isso é importante que as colhedoras sejam muito bem limpas e descontaminadas. Estas medidas diminuem o risco de alguma semente passar despercebida. A limpeza evita a introdução em novas áreas e deve ser realizada antes do equipamento se deslocar para outra propriedade, uma vez que as sementes são muito pequenas e de difícil visualização, principalmente quando misturadas aos resíduos das colheitadeiras”, esclareceu o Dr. Dionísio Gazziero.
O caruru-palmeri se caracteriza pelo seu rápido crescimento. Em condições ideais estas plantas podem crescer de 2 a 4 cm por dia. Este fato pode prejudicar a eficácia dos herbicidas pós-emergentes, pois o atraso na aplicação pode reduzir a sua efetividade. Por este motivo, em áreas que apresentam problemas com caruru-palmeri é muito importante o uso de herbicidas pré-emergentes para auxiliar no seu controle. O controle inadequado pode inviabilizar a colheita, aumentar a necessidade do uso de herbicidas, onerar o custo de produção e ocasionar enormes prejuízos para a agricultura brasileira.
Os órgãos de pesquisa, de defesa agropecuária estaduais e o Mapa trabalham no sentido de montar estratégias para que ela não se alastre. A tomada de decisões governamentais ágeis e fiscalização do cumprimento das medidas fitossanitárias estabelecidas, somadas ao empenho dos produtores, instituições públicas e privadas têm contribuído para a contenção dessa planta nas áreas infestadas. “Entretanto, é necessário o estabelecimento de uma Instrução Normativa federal estabelecendo diretrizes básicas a serem seguidas no caso de detecção da praga. Esta Instrução auxiliaria na agilidade do processo das medidas de contenção da praga, destacou o Dr. Alexandre da Silva, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG).
Acesse a notícia completa na página da Embrapa.
Fonte: Cristina Tordin, Embrapa Meio Ambiente.
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