Destaque

Laboratório investiga problemas ambientais com técnicas nucleares inovadoras

Fonte

UFF | Universidade Federal Fluminense

Data

domingo, 3 setembro 2023 10:55

Parceria, Infraestrutura e Capacitação. Esses são os pilares do investimento da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) no Laboratório de Radioecologia e Alterações Ambientais (LARA) da Universidade Federal Fluminense (UFF). Com a finalidade de promover o desenvolvimento científico, tanto na universidade quanto no âmbito internacional, o laboratório investiga os problemas ambientais e compartilha conhecimento com países latino-americanos.

O LARA, localizado no Instituto de Física da UFF, existe há 24 anos. Nele, os pesquisadores estudam os problemas ambientais por meio de técnicas nucleares, sendo possível realizar a datação e investigar a evolução pré-histórica, evolução geológica, mudanças climáticas e complicações de estressores ambientais por atividades humanas. Em relação aos estressores, eles podem ser derramamento de óleo, microplásticos, esgoto, poluição química, orgânica, inorgânica, por material radioativo e a proliferação de algas ou microalgas nocivas em ambientes costeiros e marinhos.

O LARA possui técnicas melhores ou inovadoras quando comparadas às técnicas convencionais de análise de problemas ambientais. Através do laboratório, o país obteve destaque como aquele que conseguiu responder às questões da AIEA.

O Dr. Roberto Meigikos, coordenador do LARA, ressaltou a importância do investimento da AIEA no laboratório: “Eu comecei a utilizar essas técnicas em torno de 2000. Posteriormente, fui apresentado à agência, que começou a investir em grupos que utilizam técnicas nucleares para compreender os efeitos ambientais. Como as técnicas são caras, eles nos apoiaram para obtê-las. Nós recebemos capacitação, equipamentos e distribuímos conhecimento para outros países da América Latina.”

A AIEA firmou parceria com o LARA em 2011 para transformá-lo em um centro de pesquisa, com a finalidade de fornecer suporte para países latino-americanos sem infraestrutura laboratorial. Através da doação de projetos internacionais, o laboratório recebeu equipamentos de maior porte e melhorou sua infraestrutura. Até o momento, cerca de 5 milhões de euros  da agência internacional foram investidos no LARA, que conta com aparelhos que somente a UFF possui na América Latina. O laboratório ainda ajuda países como Bolívia, Peru, Venezuela e outros.

Equipamentos

Em relação aos equipamentos, o LARA possui 4 cromatógrafos. Dois permitem a análise de ácidos graxos na matéria orgânica, como também observam as relações isotópicas. Os equipamentos auxiliam na compreensão da consequência para os processos fisiológicos ou biológicos, ou seja, os efeitos dos microplásticos para os seres marinhos que os consomem. “Os equipamentos funcionam como se pudéssemos ter um código de barras do que está acontecendo com determinado animal. Assim, temos informações sobre a saúde dele. Isso é muito superior às outras técnicas, pois descreve sobre o comportamento e as mudanças dos processos biológicos”, comentou o professor Roberto Meigikos.

De acordo com o professor Meigikos, a Petrobrás possui equipamentos iguais a estes. No entanto, eles são usados com outro objetivo, ou seja, somente aplicados à área de petróleo. Na América Latina, somente o LARA é capaz de preparar amostras e fazer análises com a finalidade ambiental. Para esses aparelhos, as amostras necessitam de um preparo especial e envolvem duas questões: desenvolver tecnologia e expertise em preparar pessoas. Hoje, são poucos os laboratórios no mundo que realizam essas técnicas. “No momento, há três pós-doutorados na UFF, pouquíssimos na América Latina, que possuem a capacitação para fazer isso. Investimos muito dinheiro para conseguir treiná-los porque são treinamentos feitos na Alemanha, Inglaterra, Nova Zelândia e nos Estados Unidos”, revelou o Dr. Roberto Meigikos.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal Fluminense.

Fonte: Karinee Klein. Assessoria de Imprensa da UFF.

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