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IPT busca soluções para gestão de resíduos de poda de árvores urbanas, como galhos e folhas, em projeto multidisciplinar

Fonte

IPT | Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo

Data

quarta-feira, 10 fevereiro 2021 11:15

A poda das árvores nos municípios brasileiros é, em geral, uma prática comum, executada para corrigir conflitos entre as árvores e as edificações ou equipamentos urbanos, como o conflito clássico observado entre as árvores e a rede elétrica aérea. Grandes quantidades de resíduos das podas, como galhos e folhas, são produzidos, o que sobrecarrega os aterros sanitários e gera custos para a destinação do material.

Para ajudar as administrações municipais a terem mais opções na gestão da arborização urbana, um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) está realizando um projeto para encontrar soluções técnicas para o gerenciamento de resíduos das árvores. “Muitas vezes, os resíduos de podas não são reaproveitados, mesmo tendo potencial. Isso acontece porque a tomada de decisão para a sua reutilização por parte dos gestores municipais não é trivial”, explica a pesquisadora e coordenadora do projeto, Caroline Almeida Souza.

É necessário conhecimento, continua a pesquisadora, sobre os tipos de resíduos gerados (folhas, galhos e troncos) e suas características (físicas e químicas) e sobre as opções de reaproveitamento mais adequadas para a realidade de cada município (ambiental, social e econômica). “A gestão de resíduos de poda das cidades brasileiras é um tema com grande potencial para P&D e serviços tecnológicos a ser desenvolvido no IPT, já que o instituto tem pesquisadores com competência nas áreas de arborização urbana, resíduos, tecnologia da madeira e sustentabilidade”, complementa Caroline, explicando o motivo da escolha do tema do projeto.

O projeto, que teve início em julho de 2020 e se encerrará em dezembro de 2021, está buscando desenvolver soluções tecnológicas inovadoras e sustentáveis de gerenciamento de resíduos provenientes das árvores, tendo como área de estudo as áreas urbanas do município de Bertioga, localizado no litoral norte do estado de São Paulo.

A cidade foi escolhida para o projeto-piloto devido ao conhecimento prévio da equipe do IPT sobre a cadeia de geração e de destinação final de resíduos no município, adquirido em projetos executados atualmente e anteriormente, como o RSU Energia, que avalia alternativas de separação e tratamento de resíduos sólidos urbanos.

Reaproveitamento de resíduos

A geração de resíduos de poda nos municípios do estado de São Paulo é expressiva, elevando os custos relacionados à destinação do material. Em Bertioga, com mais de 17 mil árvores cadastradas na cidade, esse desafio de gestão é relevante. “Na prática, o resíduo de poda é disposto em aterros, triturado e, em alguns casos, utilizado em compostagem, sendo que outros usos também poderiam ser explorados, estimulando-se o empreendedorismo com base nessa matéria-prima”, afirmou Caroline Souza.

Alguns exemplos de usos potenciais para os resíduos de árvores urbanas incluem o aproveitamento energético na forma de briquetes e ‘pellets’, que funcionam como combustível e são feitos à base de fragmentos de madeira prensada e ressecada; o uso de material vegetal em técnicas de bioengenharia de solos, para a contenção de processos erosivos ou de outros tipos de degradação da paisagem, e a fabricação de móveis e utensílios.

Estão envolvidos no projeto pesquisadores da Seção de Sustentabilidade de Recursos Florestais, do Laboratório de Recursos Hídricos e Avaliação Geoambiental, do Laboratório de Resíduos e Áreas Contaminadas, do Laboratório de Componentes e Sistemas Construtivos e do Laboratório de Celulose, Papel e Embalagem.

Acesse a notícia completa na página do IPT.

Fonte: IPT.

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