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Imagem do satélite brasileiro Amazonia 1 dá dimensão da tragédia em todo o Rio Grande do Sul

Fonte

MCTI | Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

Data

segunda-feira, 13 maio 2024 15:25

A dimensão da enchente histórica que atingiu o estado Rio Grande do Sul foi registrada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em uma única imagem. O satélite brasileiro Amazonia 1 capturou, no último dia 6 de maio, uma área equivalente a 57% do território gaúcho. A foto mostra a inundação nas principais bacias hidrográficas atingidas pelas chuvas extremas.

“Em um evento de enchente de grande escala, como é este, o satélite é uma ferramenta essencial porque permite visualizar o global”, explicou o Dr. Laercio Namikawa, pesquisador da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do INPE. “As imagens de larga escala permitem observar onde estão os maiores danos, permitindo uma resposta mais ordenada do que uma baseada em visão local”, complementou.

O pesquisador é o responsável pelas aquisições de imagens e ponto focal da Carta Internacional Espaço e Grandes Desastres (Disasters Chapter), uma iniciativa que reúne 17 agências espaciais. A colaboração internacional permite que, a partir do registro de um desastre de grande escala, os satélites integrantes da iniciativa sejam direcionados para adquirir imagens que auxiliem nas medidas de resposta a desastres. A ativação para o desastre no Rio Grande do Sul adquiriu mais de 800 imagens e mais de 60 mapas estão disponíveis.

O conjunto de imagens providas por satélite permite verificar a extensão dos danos em áreas plantadas, áreas industriais e residenciais. No último dia 9 de maio, por exemplo, os técnicos estavam buscando as localizações de silos de grãos. “Estamos tentando verificar se os silos de arroz foram afetados pelas enchentes”, explicou o Dr. Laercio Namikawa.

O satélite Amazonia 1 está equipado com a câmera de visão larga (sensor WFI) e fica em órbita baixa a cerca de 700 km de distância da Terra. Desenvolvido pelo Brasil para monitorar o desmatamento na Amazônia, o equipamento consegue ‘ver’ uma área de 800km de largura. O sensor desenvolvido no Brasil sob demanda do INPE está instalado no CBERS 4 e CBERS4A, além do Amazonia 1. De acordo com o satélite, a resolução espacial da câmera pode variar entre 55 e 64 metros. De acordo com o pesquisador, câmera com essa capacidade é única no mundo. A frequência de aquisição de imagens varia de três a cinco dias, de acordo com o satélite. CBERS4 e Amazonia 1 registram imagens do Brasil a cada três dias e CBERS 4A a cada cinco dias.

O estado do Rio Grande do Sul tem como área total mais de 281 mil km2 e a imagem registrou cerca de 160 mil km2. A imagem registrada capturou área de cerca de 400 km de largura, da região de Santa Maria até o litoral gaúcho, e 400 km de altura, abrangendo o Noroeste, acima de Passo Fundo, até a Lagoa dos Patos. A imagem mostra a inundação das principais bacias atingidas pelas cheias, como Jacuí, Caí e Taquari, além dos rios Pardo, dos Sinos e o Guaíba.

Acesse as imagens do desastre no Rio Grande do Sul disponíveis para consulta pública.

Abaixo, imagens com os registros de 20 de abril e 6 de maio (Fonte: INPE):

Acesse a notícia completa na página do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Fonte: MCTI.

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