Destaque

Grupo estuda como promover sequestro de carbono por meio da restauração do Cerrado e da Mata Atlântica

Fonte

Agência FAPESP

Data

quinta-feira, 10 março 2022 19:50

A restauração de ecossistemas é apontada como uma boa alternativa para sequestrar carbono e mitigar as emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Descobrir a forma mais eficiente de alcançar esse objetivo é a meta de um projeto conduzido no Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI) da Universidade de São Paulo (USP). O RCGI é um Centro de Pesquisa em Engenharia (CPE) constituído pela FAPESP e pela Shell na Escola Politécnica da USP.

“Não existe uma única receita para restaurar um ecossistema. Nosso intuito é entender como funcionam as diferentes formas para sequestrar carbono e identificar os componentes de custos desses processos”, conta o engenheiro agrônomo Dr. Pedro Brancalion, coordenador do projeto intitulado “Restauração de vegetação nativa para sequestro de carbono – Restore C”.

O primeiro passo do projeto é investigar o sequestro de carbono a partir de dois biomas brasileiros altamente diversificados: o Cerrado e a Mata Atlântica. “O acúmulo de carbono varia entre os tipos de ecossistema. Na Mata Atlântica, tem-se grande quantidade de carbono na superfície porque há profusão de madeira das árvores. Essa situação é diferente no Cerrado, onde há um número menor de árvores e a maior parte do carbono fica estocada embaixo da terra”, explicou o Dr. Pedro Brancalion.

Fonte da Imagem: Eduardo Cesar/Pesquisa FAPESP

Para entender quais conjuntos de espécies, arranjos de plantio ou de regeneração são capazes de tornar o processo de sequestro de carbono mais eficiente, o projeto instalará torres de fluxo na Estação Experimental de Ciências Florestais de Itatinga, no interior de São Paulo. Isso para checar a situação no contexto da Mata Atlântica.

Já no caso do Cerrado, o local escolhido é a Chapada dos Veadeiros, em Goiás. “Vamos trabalhar com o que há de mais inovador e robusto em termos de metodologia. A torre de fluxo é um equipamento importado e extremamente sofisticado capaz de mensurar o que é fixado e liberado de carbono para a atmosfera. Entretanto, ela nunca havia sido utilizada em áreas de restauração de ecossistemas. Nosso projeto é pioneiro no mundo e deve gerar dados inéditos”, disse o pesquisador.

A investigação, prevista para durar cinco anos, reúne uma equipe transdisciplinar composta por nove cientistas de instituições de pesquisa situadas no Brasil, na França e na Inglaterra. “Ao longo desse tempo, vamos investigar outras regiões nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Goiás para cobrir variações presentes nos biomas, a exemplo de solo e clima”, informou o professor Brancalion. “Além do trabalho de campo, vamos utilizar sensoriamento remoto e imagens de satélite. O projeto também tem um forte componente de modelagem: a partir da comparação de algumas áreas pesquisadas, é possível criar um modelo matemático para estimar o potencial de sequestro de carbono em outras áreas.”

Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.

Fonte: Agência FAPESP e Assessoria de Comunicação do RCGI.

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